Anônimo

Meu corpo está desprovido... e eu que tinha uma preciosidade.

Sedenta está minha alma... e eu que mergulhava numa fonte pura.

Amargo está meu coração... e eu que tinha um favo de mel.

Não consigo preencher o vazio... quão grande era o espaço que ocupavas.

Sua presença era como um jardim florido... mas não observei a flor.

Não consegui te ver onde sempre estavas: ao meu lado.

Falei sobre tantas coisas... esqueci de dizer: Eu te amo!

Disse-lhe o que eu pensava... mas não ouvi o que querias me dizer.

Beijei seus lábios... mas não quis ouvir a sua voz.

Sequei suas lágrimas... mas não perguntei porque choravas.

Vi em você apenas o que eu quis ver... mas não o que querias me mostrar.

Quando sua alma gritava... eu tapava meus ouvidos... agora ouço os meus próprios gemidos.

Queria alcançar o infinito... e não repousei um pouquinho no seu mundo.

Tracei meu caminho... e não perguntei se por ele querias andar.

Não notei quando chegou... não me importei quando partiu.

Realidade ou ficção...

Sonho ou pesadelo...

Se estou dormindo... acordarei!

Mas se estou acordado... o que farei?

Rosas de Rose
Enviado por Rosas de Rose em 21/10/2008
Código do texto: T1241092
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.