Anônimo
Meu corpo está desprovido... e eu que tinha uma preciosidade.
Sedenta está minha alma... e eu que mergulhava numa fonte pura.
Amargo está meu coração... e eu que tinha um favo de mel.
Não consigo preencher o vazio... quão grande era o espaço que ocupavas.
Sua presença era como um jardim florido... mas não observei a flor.
Não consegui te ver onde sempre estavas: ao meu lado.
Falei sobre tantas coisas... esqueci de dizer: Eu te amo!
Disse-lhe o que eu pensava... mas não ouvi o que querias me dizer.
Beijei seus lábios... mas não quis ouvir a sua voz.
Sequei suas lágrimas... mas não perguntei porque choravas.
Vi em você apenas o que eu quis ver... mas não o que querias me mostrar.
Quando sua alma gritava... eu tapava meus ouvidos... agora ouço os meus próprios gemidos.
Queria alcançar o infinito... e não repousei um pouquinho no seu mundo.
Tracei meu caminho... e não perguntei se por ele querias andar.
Não notei quando chegou... não me importei quando partiu.
Realidade ou ficção...
Sonho ou pesadelo...
Se estou dormindo... acordarei!
Mas se estou acordado... o que farei?