O PRIMEIRO DIA

O primeiro dia de amor entre seres que se amam,

se gostaria de que, jamais, acabasse, mas acaba,

como da forma que se inicia, se, não se souber

ter zêlo e cautela, pois o amor tem sensibilidade,

tal qual ímã que, se cola, se descola, facilmente,

e, a oportunidade que a ele se deu é ignorada.

MAS, como só o amor tem disso, perdoar e perdoar,

se, preciso, ele sempre dá uma segunda chance,

segunda vêz, segundo dia para revivê-lo, e, se,

necessário, o terceiro, mas, no quarto dia, não tem

jeito, diante do terceiro vacilo não tem mais chance,

mais uma vêz, mais um dia, tudo se termina, se consuma

com a morte trágica e traumática desse amor, que,

sepultado será, para sempre no coração traído,

num sombrio canto de solidão do lugar da saudade

de tudo o que se passou, em reprise de fime

na cãmera do tempo, que guarda tudo em arquivo,

e, que, de vêz em quando, de tudo se lembrará.

Se lembrará, sempre, com lágrimas nos olhos

do rosto da alma que amada fôra e que, agora,

mais não se ama, porque, nem tudo o que se separa

se une e nem tudo que vai volta e nem tudo

que se diz se escreve, e, algumas juras feitas se quebram,

tal galho seco balançado pelo vento das contrariedades

tempestivas em nuvens negras expêssas

no céu nem sempre azul dos amantes.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 26/09/2008
Código do texto: T1197328
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