POR QUE DEUS NOS AMA?

“Nisto consiste o amor; não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” (1João 4:10)

Se Deus não fosse justo, não haveria a necessidade de seu Filho sofrer e morrer. E, se Deus não fosse amoroso, não estaria disposto a deixar seu Filho sofrer e morrer. Entretanto, Deus é justo e amoroso. Por essa razão, seu amor se dispõe a satisfazer as exigências de sua justiça.

Sua lei exige: “Amarás, pis, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Dt.6:5). Mas todos nós amamos mais a outras coisas do que a Deus. É nisto que consiste o pecado – desonrar a Deus, preferindo outras coisas em detrimento dEle e agindo em função dessas preferências. Por essa razão a Bíblia afirma: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rom.3:23).

Rendemos glória àquilo que mais apreciamos. E o que mais apreciamos não é Deus.

Assim, o pecado não é uma coisa pequena, pois não é uma ofensa contra um Soberano insignificante. A intensidade de um insulto é medida pelo grau de dignidade da pessoa insultada. O Criador do universo é infinitamente digno de respeito, admiração e lealdade. Portanto, deixar de amá-Lo não é algo trivial, é traição. Deixar de amar a Deus é difamá-Lo e destruir a fidelidade humana.

Contudo, o amor de Deus não se condiciona à maldição que pesa sobre toda a humanidade pecaminosa. Deus não se alegra em irar-se, não importa quão santa seja esta ira. Por isso, enviou seu próprio Filho para absorve essa ira e carregar, em si mesmo, a maldição em favor de todos os que crêem nEle.

Não façamos caso do amor de Deus. Nunca ficaremos perplexos diante do amor de Deus, enquanto não considerarmos a seriedade de nosso pecado e a justiça da ira de Deus contra nós. Mas quando, pela graça, despertamos para nossa indignidade, então, podemos olhar para o sofrimento e a morte de Cristo e dizer:

“Nisto consiste o amor; não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.”

Que Deus nos abençoe!