DÓCIL MAGIA
O amor é algo mágico, se propõe a todo acordo de momento intenso,
do romance é protagonista e faz tudo para ser feliz.
Mas, se percebe nada dando certo, em meio a oceano de dúvidas, pula do barco, encara as ondas e até à praia nada, molhado, e, depois de enxuto, se refaz do susto sofrido e uma outra aventura busca, solícito, ciente de que, a felicidade está junto de uma outra
tentativa, porque, de desistir ele jamais pensa.
O amor, por ele mesmo, há de se respeitá-lo, sempre, pois quem tenta segurá-lo com as mãos, ele e debate e foge, e, quando se põe
ele, na palma da mão, aberta, vem o vento da liberdade e pra longe o
leva.
Mas, se detê-lo com as mãos semi-abertas, ele permanece, anda por
aí, mas, volta, pois sabe de que é livre e pode se prender nas grades de quem o quer prisioneiro seu, com livre arbítrio de acesso entre celas de um coração paixônito que o trata bem e, que, prisioneiro de si mesmo, o amor jamais será, e disso, todo coração sabe, lhe pôsto
de cór e salteado, e que se lê de olhos vendados tudo o que se escreve, em afins em páginas brancas, a seu respeito, e, essa é
dócil magia que o encanta por demais da conta que a matemática
conta em números difusos e confusos a ele.