VOSSA EXCELÊNCIA, O AMOR
À vossa digníssima excelência, o amor, senhor dos senhores,
doutor dos doutores, sábio dos sábios, de índole inteligível,
por toda língua traduzido, mas, nem sempre, de todo entendido.
A seu respeito se relata nas páginas que folheiam, os sensatos,
de nobre pulso, que lhes impulsionam, cientes, de que a coisa certa fazem em bem divulgá-lo pelos ares de ondas sonoras que sua vóz
produz espaço afora, no infinito.
Todo ser pensante, meditador, é reflexivo de vossa senhoria, diante
do espelho mágico da mídia noticiosa que a tudo noticia, e, em se
tratando de sua pessoa, só seriedade o envolve e aos ouvidos
interessa que se ouça.
O silêncio é seu recôndito, quando se angustia com algo que lhe afronta, fazendo com que chores lágrimas em calafrios contínuos,
mas, nunca se revolta, põe as mãos no rosto e, heròicamente se cala, deixa que seu irritador se desabafe, e, sem mais a dizer, se
retire.
Aos que lhe consideram, és bálsamo massageador de suas horrendas
dores, oriundas do sofrer lúgubre por bem protegê-lo no peito, e,
junto de si, poder sempre tê-lo.
És perfume que aromatiza os ambientes em que habitas, estás em
todo lugar, mas, nem sempre se manifesta, porque o impedem de
fazê-lo o que deverias, então, fazer, na lucidez do tempo que
ainda lhe resta para tudo alucidar ante aos olhos da incredulidade
que, ao senhor, digníssimo amor, tripudia.