VOSSA EXCELÊNCIA, O AMOR

À vossa digníssima excelência, o amor, senhor dos senhores,

doutor dos doutores, sábio dos sábios, de índole inteligível,

por toda língua traduzido, mas, nem sempre, de todo entendido.

A seu respeito se relata nas páginas que folheiam, os sensatos,

de nobre pulso, que lhes impulsionam, cientes, de que a coisa certa fazem em bem divulgá-lo pelos ares de ondas sonoras que sua vóz

produz espaço afora, no infinito.

Todo ser pensante, meditador, é reflexivo de vossa senhoria, diante

do espelho mágico da mídia noticiosa que a tudo noticia, e, em se

tratando de sua pessoa, só seriedade o envolve e aos ouvidos

interessa que se ouça.

O silêncio é seu recôndito, quando se angustia com algo que lhe afronta, fazendo com que chores lágrimas em calafrios contínuos,

mas, nunca se revolta, põe as mãos no rosto e, heròicamente se cala, deixa que seu irritador se desabafe, e, sem mais a dizer, se

retire.

Aos que lhe consideram, és bálsamo massageador de suas horrendas

dores, oriundas do sofrer lúgubre por bem protegê-lo no peito, e,

junto de si, poder sempre tê-lo.

És perfume que aromatiza os ambientes em que habitas, estás em

todo lugar, mas, nem sempre se manifesta, porque o impedem de

fazê-lo o que deverias, então, fazer, na lucidez do tempo que

ainda lhe resta para tudo alucidar ante aos olhos da incredulidade

que, ao senhor, digníssimo amor, tripudia.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 04/09/2008
Código do texto: T1161015
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