O AMOR NÃO É CEGO

Será que você acredita no amor? Acha que hoje, em meio a tanta violência, ainda existe o amor? Muito já se falou sobre o amor. Muitas pessoas já morreram em nome do amor, e muitas pessoas mataram e matam em nome dele. Nações inteiras lutam por amor à sua pátria, e muitos morrem como resultado desse amor. Algumas pessoas amam tanto a sua religião, que se esquecem do valor das pessoas.

Muitas músicas já falaram sobre o amor, muitos poemas já o tentaram explicar.

Enfim, o que é o amor? O que ele é capaz de fazer?

Um reporter perguntou a um rapaz que havia assassinado a sua namorada. E na entrevista, o repórter perguntou ao garoto: - Porque você fez isso? Ele respondeu: -Porque eu a amava! Muito astuto, o repórter continuou: -Você ama seus pais? -Sim! O garoto respondeu. –Você não tem vontade de matar os seus pais também? -Não! Respondeu o rapaz. –Mas, por quê? A resposta foi inesperada: -Porque meus pais estão sempre do meu lado, mas ela não me queria mais. E se eu não posso tê-la, então ninguém mais a terá!

Infelizmente, viemos para este mundo e somos ignorantes a respeito do amor – e é assim que alguns o deixam. De qualquer forma, o amor de modo algum, está baseado em qualquer forma de egoísmo!

Muitos casais se unem pelo casamento, e pouco tempo depois se separam, sob a alegação de que o amor acabou, ou então, de que ele ou ela não é mais do mesmo jeito que era quando se conheceram!

Algumas pessoas temem que com o desaparecer da beleza, também desapareça o amor. Como é pequeno o conhecimento que temos sobre o amor. O que ocorre na realidade, é exatamente o contrário. A beleza só desaparece, quando acaba o amor. A verdade é, que com o passar do tempo, o amor perdeu a sua dignidade.

Bem, neste momento, você deve estar se perguntando: - sera que estamos falando sobre o amor físico, o amor carnal? A resposta é sim, mas não só sobre ele. Estamos falando à respeito do amor como um todo.

A Bíblia, em vários momentos, apresenta a relação entre Cristo e sua igreja, como Ele sendo o noivo, e a igreja, ou seja, o povo de Deus, sendo a noiva. E desta forma, faz um elo entre o amor físico e o amor genuíno ou eterno, para falar do amor como um todo.

Este amor realmente é sublime, e desta relação, podemos tirar algumas lições. Talvez a mais importante, é que o amor não está baseado no “eu”, mas sim no “você “. Não está baseado no “o que eu ganho com isso”, mas sim no “o que eu posso dar, por isso”.

O amor genuíno é tão maravilhoso, que a Bíblia descreve o que Cristo fez como resultado deste amor em I João 3:16 “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos.”

No texto está implícito um outro texto da Bíblia, no qual Jesus está resumindo todos o mandamentos. “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças. E, amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que esses.” Marcos 12:30 e 31

Em outras palavras, é desta forma que conhecemos o amor. Quem realmente ama, é capaz de dar a própria vida, e não tirar a vida de alguém! O amor não se prende a opiniões pessoais, nem em lutas para que a individualidade seja subjugada. Em sua essência, o amor nos permite que vejamos o mundo com os olhos das outras pessoas.

Muito sentimento se tem dito com um olhar, com um sorriso, ou com uma lágrima. Procure imaginar como será o sorriso de pessoa que hoje é cega, quando Cristo cumprir o que está escrito em I Cor 15:52 “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados.”

Nesse dia, Deus nos dará um corpo perfeito. Não existirão mais cegos que não possam ver a beleza de duas pessoas se abraçando. Não existirão mais mudos que não possam falar a alguém “eu amo você”. Não existirão mais surdos que não fiquem sensibilizados, porque todos os ouvidos se abrirão.

Imagine essa pessoa que até então não havia contemplado visão alguma, frente a frente com Jesus. Seus olhos se abrem e a primeira visão que ela tem, é o rosto de Jesus.

Uma vida toda vivida em escuridão, e a primeira cena que ela vê, é a própria luz. Então se aproxima um rapaz que a abraça de um jeito muito familiar. E Cristo com sua voz suave diz a ela: “Este é o seu filho”.

Sem dúvida o amor é a maior experiência que o ser humano pode desfrutar. Mesmo porque o amor não é humano.

O amor é divino. O próprio Jesus disse em João 15:9 “Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor.”

Mas o amor é também muito mais. Em I João 4:8 a Bíblia nos diz que Deus é amor. A essência de Deus é o próprio amor.

Certa vez, um reverendo estava com uma crianca que brincava perto de um pequeno formigueiro. Quando em determinado momento, a criança se dirige ao reverendo e pergunta: porque é que as formiguinhas têm medo de mim? Eu quero brincar com elas, mas quando eu ponho o meu dedo perto delas, elas fogem para o outro lado! -O que eu faço para que elas entendam que eu as amo e que eu só quero estar perto delas? O reverendo pensou por alguns instantes e respondeu: -Você não pode! A não ser que você se transforme em uma formiga!

Foi isso o que aconteceu! A melhor maneira que Deus tinha para dizer a mim e a você o quanto Ele nos ama, era se transformando em um ser humano, e dando a Sua vida para que nós pudéssemos viver.

Se Cristo tivesse pensado em Si somente, Ele não teria morrido. Mas a essência do verdadeiro amor não é egoísta.

Quando morreu na cruz, já sem fôlego, sem ver, sem ouvir ou sem falar nada, Cristo deu a maior declaração sem palavras que poderia acontecer neste mundo. Em Seu silêncio estava dizendo: “Eu amo você!”