ENTRE DIAS MELHORES
Quando me senti livre, pude tocar o céu e visualizar a dádiva grandiosa que em mim, fluía.
Havia em meu olhar o reflexo da noite, mas era o dia a contemplação do que mais me atraía na vida.
Pude sentir o verbo caminhando de um lado para o outro, de dentro para fora, sem o limite do tempo nem a condição do espaço. Seu curso adquiriu sobre minha pessoa, uma sensação de imunidade e quando dei por mim, a ausência do ego, já era parte da realidade.
O medo e sua espontaneidade permaneceram frustrados diante de minha existência, que somente via o azul do céu, no doce ventre da mãe terra, para que a luz penetrasse... disciplinando em tudo a minha essência.
Então pude assim exibir uma ternura desmedida, com um místico de humildade. Uma humildade lançada do dom da vida!
E eu estava além de mim mesma. Com o sol no coração, um oceano na alma e a cadência dos sentidos entre a dualidade das palavras. E tomada por uma força vigorosa, fui afora da coordenação embrionária, sem contradições nem inibições. E quando pensei que já havia experimentado de um tudo, veio à bondade suprema, afastando-me dos atritos, movendo-me para o caminho da menor resistência, retirando de mim a rigidez do mundo.
Agora decididamente, sei que o que Eu Sou é a parte que governa também o Universo. Aquela que vai da entrega ao necessário, para integrar com responsabilidade o progresso... Progresso,
que identifica todas as coisas como a si mesmo, diluindo o esforço físico, para atingir o ponto mais importante da vida: O Amor como a Lei Natural, que compreende o “Todo” de maneira digna e igual!
Eu e o outro somos Um. Eu sem o outro, nem existimos de fato.
Mas quando nos unimos... tudo passa a ser uma referência do Grande Chamado.
Fim desta, C. Santos.