Apaixonei.... por cinco horas...
A noite, a festa, o efeito dos dois vermelhos (Red + Red) acabaram....
Eu já estava em casa...
Mas não queria comer, não queria dormir...
Queria nada.
Eu me sentia ainda enfeitiçada.
Eu estava ainda encantada por seu charme e graça.
Eu tentava me ater as palavras que você dizia...
Mas na minha mente era tudo poesia: o som da tua voz, o balanço dos teus cabelos, o gingado do teu corpo.
E eu não via mais nada, mais ninguém importava...
Mas, as palavras que eu ouvi voce dizer, eu não queria ouvir, minha mente custava a crer...
A minha pergunta ficou sem resposta...
Minha mão, sem teus cabelos; sem as curvas do teu corpo; os contornos do teu rosto.
Minha boca, jamais sentiu da tua o gosto...
A música, meus ouvidos já não atentavam; meu corpo não mais respondia...
A bebida não tinha mais graça.
Naquela noite o todo, o resto e o que para os outros era tudo, para mim era nada.
Apenas pano de fundo, figurantes do filme pelo qual eu estava apaixonada...
E para você, eu era ninguém. Talvez mais uma chata inutilmente investindo em você...
Fingindo crer que eu tinha chance de ganhar um beijo seu – mesmo sabendo que tinha namorada...
Eu sabia que não mais te veria, nossas vidas jamais se cruzariam.
E eu não me importava.
Meu desejo era, apenas, um abraço sincero e um beijo daquela criatura que eu idolatrava.
Ele queria um papo diferente ou não, menos insistente e repetitivo...
Mas, de mim, não queria nada...
(mais uma de minhas “platônices” à moda Doug Funnie)