A um Amigo Cuidadoso

 

Recebi esta mensagem de um amigo o qual chamei de “Cuidadoso”, e decidi fazer uma reflexão sobre o que ele escreveu aqui mesmo em minha escrivaninha:

 

Olá Marisa. Na verdade a vida prega grandes partidas, mesmo àqueles que não o mereceriam. Prometes fazer muita coisa nova, mas de uma te esqueceste: não referiste uma viajem a Portugal. Quanto à porta aberta para amar... sei que não te faltarão pretendentes, como é óbvio. Ah, cuidado com os "trombadinhas" a candidatos que a Net forja com rara leviandade. Desculpa esta achega. Tu és uma pessoa de singular inteligência e lucidez para saberes o que queres. Um abraço. António.

Enviado por Povo Lusitano em 12/02/2008 16:11
para o texto:
QUERIDO DIÁRIO (T855700)

 

 

Se há uma coisa que me enternece o coração é sentir o cuidado de um amigo pelo outro. E, se há uma coisa pela qual tenho sentido muito interesse, é o de analisar o nascimento das relações de amizade no mundo virtual. Dizem que “o que os olhos não vêem, o coração não sente”. Não obstante, parece que essa máxima está se desfazendo no mundo virtual.  Aqui, os olhos que vêem são os olhos do coração. Aqui, a estética percebida são as palavras escritas em forma de poesias, crônicas, contos, pensamentos, etc. Daí vem os primeiros “olhares”, os primeiros “acenos”, as primeiras trocas de e-mails e, quando a gente descobre, já se envolveu emocionalmente com aquelas pessoas virtuais.

 

Fazemos de cada cantinho neste Recanto, uma pequena moradia e a enfeitamos com o melhor que nós temos. Como se fosse um jardim, plantamos as sementes das poesias, regamo-las, todos os dias e aguardamos ansiosos pelos nossos visitantes. Muitos deles, fazem de nossa casa, as suas casas,  e alguns deles, começam a se instalar em nossos corações.

 

Atualmente, já não consigo chegar em casa e simplesmente fazer outras coisas, sem antes abrir meu PC e dar uma espiadinha em meus e-mails e entrar no Recanto. Quero “ver” meus amigos virtuais e cada e-mail ou comentário que recebo, estremece meu coração.

 

Recebi este comentário de um dos amigos pelo qual desenvolvi muito afeto e fiquei deveras encantada em sentir seu carinho e preocupação por minha pessoa.  Quero te dizer, Antonio, que dentre as coisas que agendei para este ano, está sim, algumas viagens e, quem sabe, uma também para Portugal?

 

Quanto ao que tu chamas de “achega”, eu entendi como um cuidado teu comigo. Como se fosse o zelo de um amigo ou irmão.  Não te preocupes com os “trombadinhas” internautas. Como te disse, os olhos podem não ver, mas o coração certamente há de sentir quando as intenções forem falsas ou perversas. É só usar a intuição.

 

Sem mais, espero continuar recebendo  a visita de todos vocês, e podem ficar tranqüilos, pois “o que os olhos não vêem, o coração, com certeza, vai sentir”!