Bom dia!
Amanheceu.
Meus olhos já estavam doendo de tanta noite.
E o silêncio apronta-se para o merecido descanso.
Hora de abrir as janelas; chega de frestas.
Que entrem buzinas, vozes, trinados.
Meus ouvidos estão cansados
de ouvirem apenas o orvalho,
um ou outro latido,
um ou outro miado.
Quero a barulheira urbana
Os sons da vida desperta
O cheiro do café coado.
E me saúdo:
- Bom dia, Dôra!
Colírio nos olhos
Hortelã no hálito
Batom nos lábios
Abraço com força o dia
Sorriso, prece e trabalho.
Para que o hoje, tranquilamente,
torne o meu amanhã abençoado.
- Bom dia, a todos!