DOMESTICANDO O ESTRESSE
QUANDO ESTAVA NA FACULDADE NA TURMA DE LETRAS, OUVI ALGUNS DEPOIMENTOS NOS QUAIS OPINIÕES CONFESSIONAIS SUSCITAVAM POÉTICOS DESABAFOS EM VERSOS. A EMPATIA COM A FALA DE UMA COLEGA DE TURMA QUE DISSERTAVA SOBRE AS ENORMES DIFICULDADES PELAS QUAIS PASSAVA EM SUA VIDA, CRIOU NA TURMA UM CLIMA MEIO CARREGADO. A PROFESSORA PARECIA NÃO SABER O QAUE DIZER. EU COMECEI, NUM LANCE DE IMPULSO, A CANTAR: "AH MEU DEUS/EU SEI, EU SEI/QUE A VIDA DEVIA SER BEM MELHOR E SERÁ!/MAS ISSO NÃO IMPEDE QUE EU REPITA/É BONITA, É BONITA E É BONITA/VIVER, E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ/CANTAR E CANTAR E CANTAR/A BELEZA DE SER UM ETERNO APRENDIZ/HÁ QUEM FALE QUE A VIDA DA GENTE/É UM NADA NO MUNDO/É UMA GOTA, É UM TEMPO/QUE NEM DÁ UM SEGUNDO!... — QUAL FOI MINHA SURPRESA QUANDO A TURMA TODA, MAIOR PARTE DE MULHERES, COMEÇOU A CANTAR A CANÇÃO DO GONZAGUINHA. — PARA MIM FOI UM ALÍVIO, EU NÃO SABIA A LETRA, EXCETO AQUELE REFRÃO. A TURMA CANTOU A CANÇÃO AOS SOLAVANCOS. A MANIFESTAÇÃO MUSICAL COLETIVA SE REPETIU NA AULA SEGUINTE DA MESMA PROFESSORA, QUANDO UM GRUPO DE ALUNAS DISTRIBUIU UMA XEROX DA LETRA E TODOS, DESTA VEZ, CANTARAM A CANÇÃO SEM ERROS E DESACERTOS. FOI DE ARREPIAR.