CARTA ABERTA AO AMIGO RESPEYTO PELA AMIZADE QUE SE PREZA.


          Caro amigo Respeyto, saudações!

          De antemão devo admitir que no último encontro da turma, salvo melhor engano, e me corrija se assim eu estiver errado, não foi decerto um dos mais afinados ou dos melhores, isto é, não foi suficientemente verdadeiro, a orquestra semitonou, desafinou, bateu no compasso binário. Entretanto, caro amigo Respeyto a mim não importa o que de mim falam, o que da minha pessoa julgam, rotulam-me, colocam-me cola adesivam-me falsa etiqueta, ou eu como à ti se lhe pareço, apenas tão somente não mais ou não menos, sou o que sou e o que me cabe ser: amigo, gentil, ético, leal, zeloso, respeitoso, sem qualquer pretensão de ser o senhor senhoril tutor ou dono da verdade, tampouco longe de ser o primo-irmão aliado de qualquer falso puritanismo ou moralismo. 

          É assim caro irmão amigo, com essas virtudes, mormente, com as virtude da ética e do respeito que carrego e cultuo comigo, pois estas definem, portanto, sempre o modo de relação que se tem com o próximo, é que imperativamente dimensiono e vejo o mundo coletivo e trato o ser pessoa. Isso é o que dá o verdadeiro sentido à  vida humana em sua dimensão pessoal e coletiva. 

          Infelizmente, prezado amigo Respeyto, essa dimensão de que vos falo é o que nós e tantas outras pessoas perdemos de vista em nossos dias. No mundo atual.

          Noutra parte, devo ressaltar diante do dicernimento que propagamos em nossa linhagem - bagagem cultural e educacional, de bêrço, etc.- de essência, de caráter, de altruísmo, de solidariedade, da fraternidade, e da verdade e do amor bem-querer, ainda que por vezes nos percamos a resvalar na vala rasa da lama, sei que deveras a podridão fétida da mesma ou de qualquer outra não comungamos, não tomamos, não fazemos parte como parte da perenidade do rio cristalino e transparente  que somos enquanto correnteza de vida pulsante, e do nosso inabalável caráter, isto é, nem de mim, não obstante tudo me leva crêr, que nem de si, quão ratifico de vez, nem de você.

          Assim sendo, caro Respeyto, por ser cônscio do que escrevo, se é que escrevo alguma coisa ou algo parecido com poema ou poesia, impende gizar no que atine e tange aos meus pré-falados poemas, de nada servem para a estrutura pretendida e adaptação musical de suas pretensões, o que não te faz ter qualquer obrigação assumida para comigo, nem muito menos eu para contigo, e assim, por via de consequência longe de medrar, alimentar-se ou imperar qualquer forma de constrangimento, ressentimento ou mágoa.

          Alfin, conquanto os argumentos expendidos, é de todo axiomático que não posso deixar passar em albis a oportunidade que me faz o destino ofertar em tempo oportuno, para te citar o sábio filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche quando diz em pensamento que: "O amigo deve ser mestre na arte de advinhar e de calar. Não deves ter vontade de ver tudo. Teu sonho deve revelar-te o que faz teu amigo quando desperto".

          Deus te guarde!

Amigos para sempre, são amigos para essas coisas.

          Abraços, do amigo Amizade. 


serraomanoel - slz/ma - trinidad - 27.10.2007.              


 
serraomanoel
Enviado por serraomanoel em 27/10/2007
Reeditado em 09/08/2008
Código do texto: T712664
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