DEGUSTAÇÃO DO AMAR
(para Lenise Marques, gaúcha residente em Jaraguá do Sul/SC)
Grato por existires. Grato por me permitires este exercício de auto-estima (na fruição do poema) e de entrega ao outro. Dás o exemplo de percepção de teu irmão escriba.
Obrigado, bailarina de atos e palavras, prenda desgarrada... O teu exercício de palco, de dança, de expressão do viver é cativante.
Porque o exercício da Amizade é este: exprimir-se em dois pólos.
Estamos cultivando esta plantinha, que é flor do Tempo. Degustando o querer. Amealha-se o admirador, o amigo talvez.
O poema ‘Exercício’ está escondido aqui: http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=46099
Talvez um pouco envergonhado, enrubescido de espanto, maçãs do rosto vermelhinhas, porque mais um leitor o descobre de seus véus.
Sim, porque Poesia é fundamentalmente máscara sobre o fato, véus sobre a palavra e seus desatinos.
É mais fácil ser avaro e possessivo. Este é o usual exercício de quem se apaixona, mas que ainda não descobriu o mistério do outro.
Muito poucos descobrem a Poesia em sua autêntica dimensão.
Na gravidez do poema uma simplicidade de fazer dó: o insólito e humano exercício do Amar.
– Do livro CONFESSIONÁRIO – Diálogos entre a Prosa e a Poesia, 2006 / 2007.
http://www.recantodasletras.com.br/mensagensdeamizade/549518