A JOSÉ, MEU AMIGO

 


 
          Amigos são as estrelas que nunca desaparecem do nosso céu interior, mesmo quando nosso céu interior esteja nublado, mesmo quando esteja pejado de nuvens a sempre anunciarem temporais, mesmo quando ele, nosso céu interior, esteja cor de chumbo, mesmo quando nosso céu interior esteja cego por falta de qualquer cor... cego por excesso de dor... cego por excesso de Vazio...
          Amigos são milagres que clareiam, que nos guiam quando nosso olhar fica sem rumo nenhum. Amigos são milagres, milagres para sempre, mesmo quando distantes fisicamente, porque amigo que é amigo vai além da presença física... Aliás, amigo que é amigo nem precisa de presença física (claro, isso não é conceito perfeitamente absoluto, que presença imediata, às vezes, é preciso). Amigo que é amigo precisa, antes e acima de tudo, ter alma que nos acolha. Alma que possamos reconhecer, alma que, mesmo com todos os mundos fora de eixo, consigamos ainda acolher. Amigo é isso tudo, meu amigo caríssimo. A gente  não se tem visto, e isso já faz muito tempo... mas, permanecemos os amigos que sempre fomos. Graças ao Deus.