Acreditar
Um viajante ia caminhando em solo distante,
as margens de um grande lago de águas cristalinas.
Seu destino era a outra margem.
Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte.
A voz de um homem coberto de idade, um barqueiro,
quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo.
O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria
realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho.
Logo seus olhos perceberam o que pareciam ser letras em cada remo.
Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco,
o viajante pode observar que se tratava de duas palavras,
num deles estava entalhada a palavra ACREDITAR e no outro AGIR.
Não podendo conter a curiosidade, o viajante perguntou a razão
daqueles nomes originais dados aos remos. O barqueiro respondeu
pegando o remo chamado ACREDITAR e remando com toda força.
O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava.
Em seguida, pegou o remo AGIR e remou com todo vigor.
Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.
Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos,
remou com eles simultaneamente e o barco, impulsionado por ambos os lados,
navegou através das águas do lago chegando ao seu destino, à outra margem.
Então o barqueiro disse ao viajante:
-- Esse porto se chama autoconfiança. Simultaneamente,
é preciso ACREDITAR e também AGIR para que possamos alcançá-lo!
jackson freire
10/06/1999