E agora?
Na Inglaterra nós tínhamos um limitante para o horário de estudos na Universidade: a partida do último trem.
Descuidar-se de tal linha de tempo significava ter que voltar para casa a pé, e, no inverno, isso era uma temeridade.
A opção era manter um olho nos livros e outro no relógio, na mais perfeita pontualidade inglesa, e não perder o transporte.
Nossa vida terrena também tem seus marcos irremovíveis, que, ao serem atingidos, deixam para trás todas as boas oportunidades.
Como no estudo, nos empenhamos para superar os desafios da juventude, da carreira, da família, das finanças, da realização.
Se não agimos no tempo apropriado, resta somente a caminhada na noite escura, enfrentando as rajadas de vento gélido.
Sei que dentre os meus amigos leitores conto com jovens, que podem aproveitar essa meditação para não perder oportunidades.
A questão mais importante é a relação com Deus, que deve ser buscada na mocidade, enquanto não chegam os maus dias (Ec 21:1).
Andar com Deus diariamente, desde a infância, certamente abrirá portas novas para nossas realizações (Isa 45:2).
Para os que já viveram e estão na melhor idade, pode parecer algo melancólico falar de realizações que podem ter ficado lá atrás.
Existe, contudo, uma promessa divina que não trabalha com os parâmetros humanos, mas assegura resultados permanentes.
“Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão, na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes.” (Sal 92:13-14).