DEVANEIOS DE SEMPRE APRENDIZ

“A poesia, sabedoria e graça em tuas sensíveis mãos, pousou nelas para me levar aos recantos em que o ar faz a sua parte, na livre Arte, nas diversas manifestações. Meu sábio professor. Tenho uma única ambição, um devaneio de aprendiz... Ser nutrida por tua sabedoria. Meg Fonsant”. No Orkut, 06Dez2006.

Meg, amada escriba! O talento é de todo teu. Aliás, talento é dinheiro peculiar ao artista. Ou se tem ou não... E o analista percebe o embrião quando ele se mostra.

Eu, pobre de mim, sou apenas o que frui a tua construção, o teu castelo de sonhos, e fico olhando o arco-íris através da janela. Suas cores alumbram até o céu. Como não me deixar boquiaberto?

É assim, a gente não engole direto o que nos espanta ou nos atrai. Os temores, os receios, se encarregam do que nos é estranho ou adverso. Quando fruímos o sabor, eles já têm o nosso gosto personalizado.

O lampejo que nos leva à aceitação da palavra do outro é o momento crítico. Só este vem carregado de sabedoria. Ela está ali, o talento orienta quando é pegar ou largar!

Beber sabedoria é beber o Nada, que é tão inconsútil quanto à impotência de saborear o que não conhecemos ou não entendemos. Cada qual bebe o que é de seu. Uma pitadinha de sal pode fazer uma boa sopa.

– Do livro CONFESSIONÁRIO – Diálogos entre a Prosa e a Poesia, 2006 / 2007.

http://www.recantodasletras.com.br/mensagensdeamizade/451818