A amizade é linda!

Há muito se diz, que quem encontrou um amigo, encontrou um bem precioso.

Há muito se diz que amizade verdadeira dura pra sempre.

Não tem aquelas tempestades da paixão e nem a calmaria do descompromisso.

É o meio termo; é a bonita sensação do estar perto e, de repente, deixa o silencio chegar. Não exige tanto, exige tudo.

As amizades nascem do acaso, ou de alguma coisa que faz com que, uma simples brincadeira, uma informação, um caderno emprestado, uma dor seja capaz de unir duas pessoas. E a cumplicidade vai ganhando corpo, e o desejo de estar junto vai aumentando, e com ele, a sensação sempre boa do poder partilhar, e de doar.

Há muito se diz que os amigos verdadeiros são aqueles que se fazem presentes nos momentos mais difíceis da vida, naqueles momentos em que a dor parece querer superar o desejo de viver.

De fato, os amigos são necessários nesses momentos. Mas talvez, a amizade maior seja aquela, em que o amigo seja capaz de estar ao lado do outro nos momentos de gloria e vibra com essa glória. Não ter inveja, não querer destruir o troféu conquistado.

Aplaudir e se fazer presente, ser presente.

A amizade não obedece a ordem da proporcionalidade do merecimento. Não há sentido do querer de volta tudo o que com generosidade se distribuiu. A cobrança esmaga o espontâneo da amizade. E a surpresa alimenta o desejo de estar junto.

O amigo gosta de surpreender o outro com pequenos gestos. Coisas aqui e ali, roubam um sorriso, um abraço, um suspiro. É tudo puro, é tudo lindo.

Há muito se diz que não é possível estar sozinho, a jornada é penosa e, sem amparo, é difícil caminhar.

Juntos os pássaros voam com mais tranquilidade, juntas as gaivotas revezam a liderança para que nenhuma delas se canse demais.

Juntos, é possível aos golfinhos comentarem a beleza de um oceano infinito.

Juntos, mulheres e homens, partilham momentos inesquecíveis de uma natureza que não se cansa de surpreender.

Eu te peço, Senhor, nessa singela oração, que me dês a graça de ser fiel aos meus amigos. São poucos. E impossível seria que fossem muitos. São poucos, mas são precisos. Eu te peço, Senhor, que me afastes do mal da inveja que traz consigo outros desvios. A fofoca. A terrível fofoca que humilha, que maltrata e faz sofrer.

Eu te peço, Senhor, que o sucesso de outro me impulsione a construir o meu caminho, e que jamais eu tenha ânsia de querer atrapalhar a súbita de meu amigo. Eu te peço, Senhor, a graça de ser leal. Que eu saiba ouvir sempre e saiba quando é necessário falar.

Senhor, sei que a regra de ouro da amizade consiste em não fazer ao amigo aquilo que eu não gostaria que ele me fizesse. E te peço que eu seja fiel a essa intenção. E sei que essa regra fará com que o que se diz há muito tempo, se realize em minha vida. Que eu tenha poucos amigos, mas amigos que permaneçam para sempre.

Não poderia ter muitos. Não teria tempo para cuidar de todos. E de amigo a gente cuida, acolhe, a gente ama.

Senhor, protege os meus amigos. Que nessa linda jornada, consigamos conviver com harmonia. Que, nesse lindo espetáculo, possamos subir juntos ao palco. Sem protagonistas. Ou melhor, que todos sejam protagonistas, e que todos percebam a importância de estar ali. No palco. Na vida.

Obrigado, Senhor, pelo dom de viver e de conviver. Obrigado, Senhor, pelo dom de sentir e de manifestar o meu sentimento. Obrigado, Senhor, pela capacidade de amar que é abundante e é sem-fim. Amém!

Lene Meira
Enviado por Lene Meira em 16/04/2013
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