Ana Rita
No leito o corpo frágil de criança indefesa, que luta pela vida, quer a vida, mas não consegue mais reagir.
Não tem mais motora, perdeu já a visão
Poucos momentos de retorno de sua viagem a pouco iniciada
Mostra em seus olhos a expressão do medo
Da insegurança do que irá lá encontrar.
Descansa, minha menina
Nossos irmãos, aqui já estão e no momento certo que atravessares as paredes desta cela que te prende
Te levaram ao infinito, não haverá lá mais gritos
De dor e padecimento
Não restará mais nenhum lamento teu ou de qualquer outro que esteja perto, não verás mais a tristeza...
Te esquecera com certeza do que a EM fez com teu viver.
Lá encontraras a família, avós tios ou tias
Que já partiram e cuidam do teu lugar
Enquanto isso, eu aqui fico contigo
Balbuciando aos teus ouvidos palavras de consolo e amor
Para esta bonita borboleta que saíra de seu casulo
E enfeitara com suas asas multicoloridas, o jardim do nosso senhor.....