Não passava de uma de vez em quando... Saía de vez em quando, sorria de vez em quando, trepava de vez em quando, chorava de vez em quando, discutia, beijava, esbravejava, calava, sofria e amava de vez em quando... Porra!
Quantas vezes o de vez em quando tem que entender que não tem vez, não tem veia, não tem chance, não tem charme, DNA, ideologia, sangue, pulso?
De vez em quando é pra ser de uma vez! Num fôlego só, dar goladas e nunca mais existir.
E se existir, quando em vez, que seja arrebatador!
Ser uma de vez em quando é o bastante pra mandar à puta que o pariu.
E olha que já nasceu puta uma vida de vez em quando! Tão puta, que nem chegou a dar os primeiros passos. Mancava nos sótãos inglórios!
E você que passa aí pela vida, vê se abraça de uma vez o que de vez em quando lhe é. Pega pelo braço, descola uma viagem, voa!!
Berra que de vez em quando só na conchinchina, no parapeito da janela quebrada, na casa do São nunca!
Viva cada instante se achando de vez e deixe o quando para o tempo dos que podem fazer dele apenas uma passagem com via de mão única.
Você não! Você deve a si, ô se deve, ser também uma contramão!