JUTÂMI E O REDEMOINHO
Jorge Linhaça
 
Jutâmi e o mestre estavam à beira de um penhasco, observando o rio que corria lá embaixo.
Em determinado trecho daquele rio, formava-se um redemoinho, que sorvia para o fundo do rio, tudo que lhe caisse no raio de ação.
Em meio àquele redemoinho, um pequeno animal lutava bravamente contra a força da àgua, para escapar dele.
Finalmente o animal logrou escapar e nadou para a margem.
O Mestre disse à Jutâmi:
Assim como aquele sorvedouro, leva para o fundo do rio, tudo que consegue apanhar,assim são as dificuldades da vida.
Podemos nos deixar puxar para baixo pelo redemoinho de nossas angustias , medos e decepções, ou podemos usar de todas as nossas forças para fugir da força do redemoinho que nos puxa para baixo.
Se nos entregamos à força de sucção do redemoinho, deixamos de viver  e acabamos sufocados pelos nossos problemas.
Mas sempre nos resta nadar vigorosamente para escapar de sua ação, e buscarmos refúgio na margem acolhedora do rio.
Jutâmi refletiu por instantes sobre a colocação do Mestre e perguntou:
Mestre, não seria mais sábio ao homem evitar tais redemoinhos?
Ao que o mestre respondeu:
Sim Jutâmi, claro que ninguém deseja medir suas forças com redemoinhos durante sua vida, mas por vezes eles se formam de uma maneira tão inesperada, que não resta senão a luta para fugir de sua força destruidora.
 
Queridos amigos, que cada um de nós posssa lutar contra os redemoinhos da vida, que tenhamos sempre a força espiritual para vence-los e nos tornarmos assim pessoas mais fortes e previdentes.