Milagre, ou o triunfo da vontade
Á quem lhe chame milagre,mas milagres não acontecem sem que lhes esteja adjacente a vontade que ele aconteça.
Vem isto a propósito da situação vivida há pouco por uma amiga minha.
Em tempo não muito recuado,ouvia a sua voz serena,cheia de força,de esperança na vida.
Com a graça e a desventura que a aspereza da vida nos vai brindando dia a dia,dava prazer ouvi-la,ouvir os seus conselhos as suas opiniões,dadas com a suavidade das pétalas perfumadas,quando se despedem da mãe flor.
De repente tudo mudou.A sua voz alegre passou a ser triste,cansada dorida.
Deixei de a ouvir.Sem saber o motivo desapareceu pura e simplesmente.Sumiu-se.
Alguém passado tempo me fez sabedor do motivo do silêncio.
Passaram os dias,as semanas.A incerteza pairava no ar a cada instante.
Da mesma maneira que os maus dias vieram,melhores noticias começaram a surgir.
Eis senão quando há pouco tive a suprema alegria de ouvir novamente aquela voz timbrada,cheia de força cheia de vida. Aquela voz que nunca tinha perdido a esperança de tornar a ouvir.
Aquela voz que sempre acreditou. Esta a razão do titúlo deste pequenino escrito. Milagre!Mas sobretudo o triunfo da vontade.