MUI QUERIDA GRINGA
 
Imaruí, SC, 31 de janeiro de 2010
 
Um e-mail de domingo.
 
Eu te confesso que, hoje, eu me peguei várias vezes pensando em ti, confesso também que senti um sabor todo especial.
Eu não sei se está nascendo alguma coisa diferente, entretanto me senti prazeroso em receber o teu telefonema, senti nesse instante algo de doce e terno pairando em tuas palavras.
O ser humano é assim mesmo, um grande criador de sonhos, todavia, apesar da minha condição natural de poeta, sinto algo gostoso e cheio de esperança que parece nascer alvissareiro. Por isso, eu tenho projetado em minha pobre cabeça uma blandiciosa fantasia, que vem sempre acompanhada de um cacho louco de esperanças.
Eu vi as tuas fotos e as admirei santamente, é lógico que algo de sensual percorreu por um instante as minhas artérias. Mentiria se dissesse que não te desejei naquele momento. Desculpe! Naquele momento, eu desejei que tu fosses um porto seguro para mim, outras vezes tive verdadeiros delírios amorosos, e assim, me via te conduzindo pelas mãos como se tu fosses uma cesta de amoras silvestre. Talvez tenha sido o meu jeito de poeta que me fez te ver assim, mas confesso que foi muito gostoso.
Daqui para frente, a minha história não será completa se não vier a te conhecer, pois sinto isso como uma necessidade que nem sei de onde está partindo ou como está surgindo.
Tenho ganas de ti e desejo dividir um pouco a minha solidão com os teus lindos olhos.
Um beijo.


Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 01/02/2010
Código do texto: T2063434