um polinómio

1

cá estou eu

a ler os poemas

que escrevo sempre

como se viesse

da nascente do riso

para um rio de felicidade

2

mergulho nu

no silêncio da fala

onde o pensamento corre

transformo-me

na forma do conteúdo

e, contudo, sou sempre eu

3

até tocar

teus cabelos

soltos ao vento

deste momento

breve e feliz todo

como poema que quis!

(Assina:) Assim

{A minha sina é desenvolver o polinómio, o Binómio de Newton; como escreveu Pessoa, «o binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo».

Isto começou quando li...

«Faço minhas palavras da amiga Camila: que tal um despir ou vestir as meninas no áudio que o recanto abriga? Eu tb irei adorar! bjs na alma, Gio Amor»

Depois de escrever o poema, escrevo ainda...

Acabo de despir as palavras duma amiga; encontro a voz, como vós, que aqui me venham ouvir, ou ali... me venham ler, ver... lerei.}

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 29/07/2006
Código do texto: T204834