um polinómio
1
cá estou eu
a ler os poemas
que escrevo sempre
como se viesse
da nascente do riso
para um rio de felicidade
2
mergulho nu
no silêncio da fala
onde o pensamento corre
transformo-me
na forma do conteúdo
e, contudo, sou sempre eu
3
até tocar
teus cabelos
soltos ao vento
deste momento
breve e feliz todo
como poema que quis!
(Assina:) Assim
{A minha sina é desenvolver o polinómio, o Binómio de Newton; como escreveu Pessoa, «o binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo».
Isto começou quando li...
«Faço minhas palavras da amiga Camila: que tal um despir ou vestir as meninas no áudio que o recanto abriga? Eu tb irei adorar! bjs na alma, Gio Amor»
Depois de escrever o poema, escrevo ainda...
Acabo de despir as palavras duma amiga; encontro a voz, como vós, que aqui me venham ouvir, ou ali... me venham ler, ver... lerei.}