Nem o mar vai nos separar...
Nasci na capital de São Paulo, onde vivi num bairro chamado Água Branca. Tenho lembranças nítidas do período em que meu pai ainda era vivo. Nós visitávamos com bastante freqüência as praias de Santos.
Filho de espanhóis imigrantes, meu pai ganhava a vida como dono de restaurante em Santa Cecília. Mas aos 6 anos eu o perdi, numa mudança brusca de vida.
Não era mais a mesma coisa, mas a família continuou indo ver o mar.
Boiando nas ondas, me dedicava a meditar sobre a imensidão dos oceanos e, muitas vezes, admirei o nascer do sol sobre o horizonte azul.
Os oceanos são verdadeiros mistérios, são algo extraordinário, e pouco sabemos de suas águas profundas, com picos submersos de mais de dez mil metros, e seres que pensávamos nem poder existir.
Apesar do fascínio, outro sentido pode ser dado a ele, o de SEPARAÇÃO, que afasta continentes, divide ocidentes e orientes, coloca pessoas numa e noutra ponta do planeta.
Por isso, durante séculos, e mesmo agora, não é fácil vencer oceanos. Para ir a algum lugar distante, só encarando engenhos sofisticados, como navios e aviões.
A lembrança do mar jamais sairá de minha mente, seja em São Paulo, seja na ilha em que vivi, a Inglaterra.
Reconheço seu poder de domínio, mas Deus, o seu Criador, é muito mais significativo em minha mente, como diz Davi:
O Senhor nas alturas é mais poderoso do que o ruído das grandes águas, mais poderoso do que as grandes ondas do mar. (Salmos 93:4).
Não sou cientista, embora tenha pensado, na juventude, em ser biólogo marinho. E por isso não me atrevo a prognosticar o futuro dos oceanos da Terra, diante de tudo que acontece hoje.
Mas sei que seu sentido de separação não mais estará presente quando Deus concluir seu plano Eterno sobre o homem,
com um novo planeta nascendo:
Então vi um novo céu e uma nova terra, pois já o primeiro céu e a primeira terra passaram,
e o mar já não existe. (Ap 21:1).
Hoje entenda em seu coração que nada, nem mesmo as grandes águas, pode separá-lo do amor e da paz do Eterno.
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