Viver... Que Arte Difícil!

Quando o nosso coração está em pedaços, não há orientações existências, meditações, análise, deitar e dormir que possa dar jeito. Eu que escrevo versos, textos, poemas elevando a auto-estima, querendo colocar sempre alguém para cima... Agora que preciso tanto das minhas próprias palavras, não consigo dizer nada a mim mesma. Viver... Que arte difícil! Não queremos perder entes queridos, amigos, amores. Não gostamos de ser magoados, não gostamos de ingratidão, de falta de consideração, falta de amor, falta de lealdade, respeito, desprezo, indiferença e etc. E sabe por que não gostamos? Porque não sabemos ainda lidar com esses sentimentos que sempre nos machuca. E se não aprendermos sofreremos sempre.
 
Isso exige treino constante, todos os dias, mas eu confesso que é muito difícil. É preciso está muito treinado para não sentir raiva, para não querer ser inimigo, para não querer vingança. É preciso estar muito preparado para rir mesmo estando morrendo e muitas vezes já morto por dentro...  Um dia achei que tinha um amigo, que eu pudesse dizer tudo que sentia, achei que ele me compreendia, achei que ele nunca iria deixar de ser meu amigo, achei que nunca fosse se desfazer de mim por causa de outros... Mas me enganei, ele conseguiu matar uma boa parte da minha alegria e confiança.
 
Como um verdadeiro amigo faz falta! Um amigo que transforme nossas vidas em  pequenas e simples alegria, em grandes alegrias, não em algo triste. Que torne nossas expectativas em prazer e não em desfeita. Que o nosso ofertar, a nossa dedicação em comemorações e em dias de festas como: aniversários, natais e etc, fossem recebidos com alegria e gratidão.  Não se esquece uma desfeita, um desagrado, um abuso, uma indiferença, uma ingratidão da noite para dia. São coisas que marcam, marcam como se fosse um ferro quente não na pele e no coração. Viver... Que arte difícil!


21/02/2006