Amizade em Quelonês
Não é preciso fazer propaganda das crônicas e outros textos do Luiz Guerra. Acho que a grande maioria dos escritores aqui do Recanto o conhece e admira. Além de grande escritor é um amigo dos melhores.
Talvez não por coincidência, li depois do almoço um ensaio de Montaigne sobre a amizade, e como esse laço provoca sincronicidades. A sincronicidade é um conceito junguiano elaborado uns trezentos anos depois de Montaigne, o extraordinário renascentista que vez por outra enveredava pelo campo da psicologia, sempre com grande maestria.
Não estou reivindicando para mim a amizade que unia Montaigne e outro pensador e escritor de seu tempo, La Boétie. Ainda assim fico grato por estarmos sincronizados nestes dias, quando abordamos o tema da destruição ambiental, de maneiras diferentes.
Passem lá no espaço dele e leiam mais um texto de alto nível, em que o cronista da Ilha nos informa sobre as peripécias de uma jovem de 250 anos e sobre a existência do insuspeitado "quelonês antigo".
Que a dura, violentíssima, realidade não seja capaz de "blindar" a boa literatura e as amizades.