GERACÃO “Z”
Sabe o que significa geração Z? Também não sei. A mestre em Psicologia pela PUC do Rio, Maria Tereza Maldonado, autora de mais de vinte livros, membro da American Family Therapy Academy, vice-presidente da ONG Cruzada do Menor, foi professora do Curso de Formação de Negociadores da FGV, seu site é www.mtmaldonado.com.br, através de publicação no boletim do RH do dia 4 de julho, escreveu “A geração Y no trabalho: um desafio para os gestores”. Achei tão interessante o assunto que vou procurar compartilhar com vocês, da minha maneira. Por se tratar de um tema muito envolvente tenho a certeza de que vai despertar muito interesse de todos.
Os doutores nesse assunto, divergem um pouco quanto as datas das diferentes gerações, consideradas Baby Boomers as pessoas nascidas entre 1.948 a 1.963; a geração X, entre 1.964 a 1.977; a geração Y entre 1.978 e 1.994.
Os Baby Boomers tem como características principais o fato de terem sido jovens rebeldes que, em sua maioria tornaram-se adultos conservadores, embora não rígidos. Valorizam o status e a ascensão profissional dentro da empresa a qual são leais.
A geração X encontrou um cenário de mudanças na família, com pai e mãe trabalhando, sentimentos de culpa das mulheres pela ausência do lar, gerando dificuldades de colocar limites; no ambiente de trabalho, a tendência ao fazer sob medida. Tendem a ser individualistas, irreverentes, autoconfiantes; valorizam mais a lealdade a si mesmas, já que a aspiração de conseguir um emprego por toda a vida deixou de existir; são fáceis de recrutar, mas difíceis de manter. Gostam de variedade, desafios e oportunidades, querem trabalhar com liberdade, flexibilidade e criatividade, sentem necessidade de feedback.
Os participantes da geração Y encontraram o Brasil passando por grande instabilidade econômica e, pouco depois, reinstalando a democracia. Querem trabalhar para viver, mas não vivem para trabalhar. Captando os acontecimentos em tempo real e se conectando com uma variedade de pessoas, desenvolveram a visão sistêmica e aceitam a diversidade. Vivendo na era dos direitos da criança, as pessoas da geração Y tendem a ter boa auto-estima e a apresentar dificuldades de relacionamento com as figuras de autoridade. Reivindicam seus direitos, às vezes, com dificuldade de perceber os direitos dos demais, são curiosas, impacientes e imediatistas. A percepção de múltiplos pontos de vista, a descoberta de várias maneiras certas de fazer as mesmas coisas tornam-nas intolerantes a posturas rígidas de comando. Não respeitam cargos nem currículos, mas admiram a competência real e o comportamento ético. Desejam contribuir com inovações, receber recompensas e reconhecimento explícito pelo bom trabalho e sentir que fazem diferença. Precisam perceber claramente o papel de sua colaboração para o funcionamento do todo maior.
Nas palavras de Paulo Freire: Não há ninguém que tudo saiba, nem ninguém que nada saiba. Tudo se resume a uma troca de saberes.
vladis.fernan@globo.com