A ALEGRIA DO AMANHECER
Até meus 17 anos, gostava de observar o entardecer, sentada aos pés do cruzeiro, no centro da ponte, sobre o Rio Abapiar.
O sino da igrejinha tocava as badaladas do Angellus, me trazendo ao pensamento a canção da Ave Maria, do Augusto Calheiros (1953), que a minha professora de Arte Dramática - Irmã Maria Cecília Xavier, me ensinou, nas aulas de dramatização.
Aos poucos fui percebendo o quanto o entardecer me deixava melancólica, com o passar do tempo, comecei a preferir o nascer do Sol.
Era assim, como a canção com a qual saudávamos e agradecíamos o novo dia: "A ti meu Deus, meu primeiro pensamento, meu primeiro suspiro, o primeiro olhar da Minha Alma ao despertar. Sinto-me assim Feliz..." (nunca encontrei essa canção, nem seu autor).
Desde então, não gosto de me despedir do dia, mas amo ver o Sol aparecer no Leste, inundando a Terra de Luz e Calor… e tudo o mais que o amanhecer nos traz.
Agradeço o anoitecer, o sono, os sonhos e o descanso, mas prefiro a alegria do amanhecer.
Gratidão.