AFETO
Em uma daquelas tardes preguiçosas de um sábado ligeiramente frio,
de garoa incessante, uma de minhas queridas irmãs, a Maria Luiza, enviou-me um zap, dizendo que havia feito “aquele bolo prometido” e se eu poderia busca-lo.
A distância entre a minha casa e a dela não chega a um quilômetro, então, de imediato, prontifiquei-me a buscar deliciosa a oferta.
Tratava-se de um bolo de cenoura caseiro, redondo, com uma consistente cobertura de ganache em calda, que cobria inclusive o furo central próprio do tipo de forma utilizado.
Ao chegar em casa a mesa do lanche já estava posta, como que aguardando ansiosamente pela guloseima que eu fora buscar.
Ao retirarmos o primeiro pedaço contemplamos salivantes o ganache jorrar, deliciosamente pela bandeja.
Eu Rafael, minha esposa Míriam e nossa filha Mariana, reconhecemos prontamente que um carinho como aquele só podia vir de uma pessoa muito especial.
De alguém que pensou em nós de maneira tão desprendida e singela.
Numa época em que as pessoas não têm encontrado tempo para pensar no próximo, muito menos de fazer-lhe um mimo, há muito que se reconhecer e comemorar tamanha generosidade.
Muito obrigado querida irmã Maria Luiza, nossa tarde/noite ficou ainda mais suave ao sermos honrados com uma deferência tão especial!