Quando as águas são agitadas, a vida parece cansar ou insinuar desvios que maltratam o coração e desnorteiam a caminhada, o fôlego pode faltar, o entusiasmo enfraquecer, as cores perderem o brilho, o universo sugerir sair do trilho.
Ocorreu comigo, decidi fugir das agulhadas básicas, evitar a necessária ida ao médico, fiquei catorze anos longe dessa atitude sadia e prudente.
Tão bobo fui, nessa última semana busquei uma emergência, veio a cirurgia reparadora para desobstruir o intestino, acordei entubado, num mundo o qual desconhecia e imaginei nunca pisar, os jardins trouxeram espinhos assustadores demais.
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Falei acima que o fôlego pode faltar, porém hoje garanto que nada fica faltando.
No meio da luta Jesus surgiu, o maravilhoso Nazareno disse:
_ Confia em mim, filho amado! Estou ao teu lado.
Bastou a sua presença confortadora, sublime mão afetuosa, consegui atravessar as marés inquietas, os desvios viraram estradas profundas de redenção, a visão renovada mostrou intensa correnteza ofuscante, aceitei, rápido ressuscitei...
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Vivi, vivo, celebro a existência para explicar o poder de Deus.
Como é possível?
Como o êxito foi possível?
Como entender o precioso milagre?
É fácil, bem fácil, não existe mistério algum.
Aquele que É me ofereceu amparo, resolveu verter bênçãos perfeitas, as melhores linhas feitas definiram a majestade divina, fez Ilmar ascender uma harmoniosa colina, a formosura mais fina tudo esclareceu, minha alma aqueceu, muito capaz Deus prevaleceu, Sua paz venceu.
Trôpego eu hesitei, desconhecendo que sou Seu querido borrego, sem notar o fascinante córrego, nesse instante o doce colo senti pulsante, bobo várias vezes, distante outras, mas estava lá o bastante, radiante, movendo os passos confiantes, mandando seguir avante, pois sempre o Autor de Todas as Coisas teve a magnânima solução, força e motivação.
Era pura canção, dura muito a adoração, faz, refaz, oferta ânimo, louvar emocionado conduz, o Alto induz.
Agora um borrego atento anota, vê o horizonte guiado por quem motiva a felicidade, nenhum andar permite trôpego, nessa hora preciso saudar o fôlego da Divindade.
O fôlego que procede de Deus não alimenta adeus, toca a arte, derrama encanto em toda parte, Ele tanto reparte.
Obrigado, Senhor! Teu olhar espalhar clamo, eu te amo!
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