Beira Rio

Meus pés se lançam por esse caminho, meus olhos encontram cantiga nas árvores.

Meu coração desafia a solidão!

O ter gente faz-me mais só...no gosto, na jinga.

Descubro-me todos os dias em pessoas diferentes. Gente que grita, rir, chora...trabalha muito, da terra tira o pão, na terra faz memória.

Os mais velhos não param, descanso é para os jovens, como eu que desconheço a melodia da enxada, a canção da semente na terra e o acordo da chuva com o sol.

Nesse recanto onde o rio corre, a terra está sedenta...na beira do rio respira esse povo.Suas histórias enraizadas no solo, suas vitórias assentadas na luta, na vida, na labuta...agora só quero "alembrar de promodeque" vive aí e agradecer por este povo que me fez rir e rio.

*a gente põe os pés na estrada e os apegos na mala.

Edione Mercês
Enviado por Edione Mercês em 27/01/2016
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