Beira Rio
Meus pés se lançam por esse caminho, meus olhos encontram cantiga nas árvores.
Meu coração desafia a solidão!
O ter gente faz-me mais só...no gosto, na jinga.
Descubro-me todos os dias em pessoas diferentes. Gente que grita, rir, chora...trabalha muito, da terra tira o pão, na terra faz memória.
Os mais velhos não param, descanso é para os jovens, como eu que desconheço a melodia da enxada, a canção da semente na terra e o acordo da chuva com o sol.
Nesse recanto onde o rio corre, a terra está sedenta...na beira do rio respira esse povo.Suas histórias enraizadas no solo, suas vitórias assentadas na luta, na vida, na labuta...agora só quero "alembrar de promodeque" vive aí e agradecer por este povo que me fez rir e rio.
*a gente põe os pés na estrada e os apegos na mala.