ORAÇÃO: A PROPULSORA DA FÉ!

São quase seis horas da manhã, abro a esmo o Evangelho* , coincidentemente cai no Capítulo XXVIII Coletânea de Preces Espíritas.

Quantas vezes já o lemos? Mas com certeza cada vez que o relemos, mais aprendemos e alicerçamos a própria Fé; diante dos problemas existenciais que se fazem presentes, no dia-a-dia da sociedade em que os valores da ética parecem esmorecer diante do comportamento de parte da sociedade...

A prece, a oração, nos fortalecem, dando a Fé, a coragem para não esmorecer, mesmo diante dos percalços da jornada; que vêem a nós para o nosso aprendizado, não que ela, - a oração. - evite as eventuais provações, inerentes ao nosso nível espiritual, mas ela é a fortaleza para serenar nossa alma, das vicissitudes, em função de um Mundo de Provas e Expiações; a oração sincera nos dá a condição de a tudo superar, sem queixas e lamentações...

Como não poderia deixar de ser o Capítulo, faz uma minunciosa interpretação da célebre oração encinada por Jesus o Pai Nosso, cujo conteúdo de suas palavras, se já fossem colocados em prática teriam refletido em efetivas mudanças para que estivéssemos vivendo num mundo melhor para todos; independente de suas próprias convicções religiosas, que dariam lugar ao sentimento de religiosidade, nos atos de cada um, culminado no respeito e amor ao próximo.

Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome!

(Vamos nos restringir a transcrever alguns tópicos; deixando aos nossos prezados leitores (as) de o lerem na íntegra).

“Cremos em vós, Senhor, porque tudo revela vosso poder e vossa bondade. A harmonia do Universo testemunha uma sabedoria, uma prudência e uma previdência que suplantam todas as faculdades humanas;”...

Venha o vosso reino!

“Senhor, haveis dado aos homens leis cheias de sabedoria e que fariam sua felicidade se as observassem. Com essas leis, fariam reinar entre eles a paz e a justiça; se entre ajudariam mutuamente, em lugar de se prejudicarem como o fazem; o forte sustentaria o fraco em lugar de esmagá-lo; evitariam os males que engendram os abusos e os excessos de todos os gêneros. “...

Seja feita a vossa vontade, na Terra como céu!

“Se a submissão é um dever do filho com relação ao pai, do inferior para com o superior, quando não deve ser maior a de criatura com relação ao seu Criador. “...

Daí-nos o pão de cada dia.

Daí-nos o alimento para a manutenção das forças do corpo; daí-nos também o alimento espiritual para o desenvolvimento de nosso Espírito. “...

Perdoai as nossas dívidas, como nós as perdoamos àqueles que nos devem. Perdoai

nossas ofensas, como perdoamos àqueles que nos ofenderam.

“Cada uma das nossas infrações às vossas leis, Senhor, é uma ofensa para conosco, e uma dívida contraída que nos será preciso, cedo ou tarde, pagar. Para elas solicitamos o perdão de vossa infinita misericórdia, sob a promessa de fazer esforços para não contrair dívidas novas.”...

Não nos abandoneis à tentação, mas livrai-nos do mal. “Daí-nos, Senhor, a força de resistir às sugestões dos maus espíritos que tentarem nos desviar do caminho do bem, em nos inspirando maus pensamentos. “ ...

Assim seja.

“Praza a vós, Senhor, que nossos desejos se cumpram! Mas nos inclinamos diante da vossa sabedoria infinita. Sobre todas as coisas que não nos é dado compreender, que seja segundo vossa santa vontade, e não segundo a nossa, porque não quereis senão nosso bem, e sabeis melhor do que nós o que é a nos útil.”

“Nos vos dirigimos esta prece, meu Deus, por nós mesmos; nós vo-la dirigimos também por todas as almas sofredoras, encarnadas ou desencarnadas, por nossos amigos e nossos inimigos, por todos aqueles que reclamam nossa assistência, e em particular por...”

Aproveitando o espaço desta página, transcrevemos na íntegra a mensagem que encerra o Capítulo anterior (XXVII) que tem o titulo:

ALEGRIA DA PRECE

Vinde, voz que quereis crer: os Espíritos celestes acorrem e vêm vos anunciar grandes coisas, Deus, meus filhos, abre seus tesouros para vos dar todos os seus benefícios. Homens incrédulos! Se soubésseis quanto à fé faz bem ao coração e leva a alma ao arrependimento e à prece! A prece! Ah! Como são tocantes as palavras que saem da boca que ora! A prece é um orvalho divino que destrói o maior calor das paixões; filha primogênita da fé, ela nos conduz ao caminho que leva a Deus. No recolhimento e na solidão, estais com Deus; para vós não mais mistérios, eles se vos revelam. Apóstolos do pensamento, para vós é a vida; vossa alma se desliga da matéria e rola nesses mundos infinitos e etéreos que os pobres humanos desconhecem.

Marchai, marchai nos caminhos da prece e ouvireis a voz dos anjos. Que harmonia! Não mais os ruídos confusos e a entonação aguda da Terra; são as liras dos arcanjos, a voz doce e suave dos serafins, mais leves que as brisas da manhã quando brincam nas folhagens dos vossos grandes bosques. Em que delícias caminhareis! Vossa linguagem não poderá definir essa felicidade, tanto entrará por todos os poros, tanto a fonte na qual bebe, orando, é viva e refrescante! Doces vozes, embriagadores perfumes que a alma ouve e saboreia quando se lança a essas esferas desconhecidas e habitadas pela prece! Sem mistura de desejos carnais, todas as aspirações são divinas. E vós. Também, orai com o Cristo, levando sua cruz do Gólgota ao Calvário; levai vossa cruz e sentireis as doces emoções que passavam em sua alma, embora carregado de um madeiro infamante; ele ia morrer, mas para viver a vida celestial na morada de seu Pai. (Santo Agostinho, Paris, 1.861).

* ALLAN KARDEC. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.

Editado pelo Instituto de Difusão Espírita. Araras-SP. Tradução Salvador Gentile

Curitiba, 01 de fevereiro de 2.012 - Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 03/08/2015
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