#100DIASDEGRATIDÃO - N°4
E neste quarto dia quero expressar minha gratidão por ter tido um dia de muito otimismo. Durante todo o dia, consegui expressar gratidão pelos detalhes de minha vida, sem fazer deste momento uma prática dogmática obrigatória. Pela primeira vez na vida, expressei gratidão por conviver com pessoas tão diferentes de mim em relação á forma como vê e pensa a vida. Quando menos esperava, estava ali, grato pela diversidade. A compreensão que tomou conta de mim, é de que nada esta solto e tudo faz parte de um todo. Sem essa diversidade, seria impossível o devir da história. O devir histórico é o movimento constante que surge pelas divergências. É a dialética hegeliana de tese, antítese e sintase que forma com o passar do tempo novas estruturas, que nada mais são do que um todo constituído pela diversidade. Entretanto, apesar do dia ter sido essa maravilha, no final do dia (acabei de receber a notícia) recebo a notícia de que minha mãe foi parar no hospital com extrema dor de cabeça e sua pressão arterial chegou a pouco menos de 20. Ora, depois desta, deveria eu manter a gratidão?
Sim!..não agradeço por ela esta doente. Minha gratidão em primeiro lugar é por ela esta viva. O segundo motivo é por não conseguir não me deixar abater pelo pessimismo. Na hora que eu soube, apesar de ficar triste com a notícia, fui tomado por um otimismo que não defino como outra coisa a não ser fé. O dialogo interno afirmava que ela vai sair desta. Acredito que tudo vai dar certo.
Talvez alguém questione: e se não der certo?. Ora, como saberei?...O “se” é um dia que não existe. O “se” me projeta para um futuro longinquo que jamais saberei como será. Este é o grande diferencial da prática da gratidão, porque nos mantêm conectados com o presente.
Gratidão mais uma vez por compreender além do que se “vê”.
Gratidão por tudo.
__Fabio Junio Almeida Prates___