Museu do Trem da Poesia
Rio, 30/05/2013
À Ouvidoria do IPHAN e
Aos caros amigos de sempre,
Ontem realizamos o anunciado encontro poético no Museu do Trem, no Rio de Janeiro, ao lado do Engenhão. Foi um fim de tarde bonito, apesar de apreciados autores não terem podido comparecer. Imprevistos acontecem.
O importante é que os presentes aplaudiram sem reservas a iniciativa, também recebida com bastante entusiasmo pelo Sr. Bartolomeu Del Rei, responsável pelo museu.
Muitos não conheciam o local. Tiveram então a chance de apreciar, dentre as peças do acervo, a beleza de três belos carros (vagões) que lá estão, todos do Século XIX, e que serviram ao Imperador, ao Rei e ao Presidente da República do nosso país. Sem falar na Baroneza, a Maria Fumaça “construída na Inglaterra, movida a vapor e a primeira a trafegar na Estrada de Ferro de Petrópolis, região serrana do Rio”. Uma relíquia sem dúvida conhecida nacionalmente.
Desejamos agradecer as presenças de Luiz Teles, Rinaldo Leite, Celi Luz e seu esposo Gelson, Maria do Carmo Bomfim, João Leite, Neudemar Sant’Anna, Luiz Otávio Oliani, Sandy Montgomery, Simone Roselin e Mano Melo. Todos colaborando com as peculiaridades de suas criações para o resgate da importância desse museu, recentemente reaberto ao público. E agradecer também ao Sr. Flávio, trabalhando no museu, que no dia anterior reparou prestimosamente a nossa caixa de som com as poucas ferramentas de que dispunha.
E todos, numa inevitável manifestação espontânea ao final do encontro, solicitando um posicionamento mais definido do IPHAN no apoio operacional e material ao museu. Maior aporte de recursos se faz necessário. Sem o qual não será possível um cumprimento mais exitoso da meta permanente do museu de registro da memória em nosso país da modalidade ferroviária, a mais indicada para o transporte de massa e produtos. Como já sabemos, num território de dimensões continentais como o nosso. Ficando o Museu do Trem aquém do que puder representar para os que vivem no Rio de janeiro, sede da inesquecível Central do Brasil, e para os brasileiros em geral.
De nossa parte, continuaremos com o oferecimento da nossa contribuição cultural para a divulgação do museu e sua reinserção no cenário de interesses de todos. Como acontece com o Engenhão ali ao lado. Já acertamos o agendamento de algumas datas para outros eventos, que deverão ocorrer uma vez por mês, esperando contar com um público maior, digno da importância que deve ter um museu ferroviário para a comunidade, como ocorre em todo o mundo.
Aluizio Rezende
Escritor, poeta
Fundador do POVEB – Poesia, Você Está na Barra