Divagações de uma poetisa!

- Betimartins -
 
Quis somente fazer um poema simples, sem grande demagogia, simples na arte do meu pensamento, mas logo se esvaiu entre fragmentos de palavras atos e sentimentos furtivos...
Não julgue que tudo é muito fácil e logo basta apenas escrever, não amigos meus, às vezes as palavras se revoltam dentro de mim.  Muitas vezes as lágrimas atrevidas fazem questão de manchar o poema, deixando-me de semblante triste, causando até a dor daquele que o lê.
Não era bem isso que eu queria da minha poesia, gostaria de ser uma grande artista, uma pintora de maravilhosas ilusões e vestir as minhas tintas de belas cores alegres e sempre felizes, talvez seja por isso  que o poeta é um grande fingidor...
Mas não, também às vezes a poetisa se veste de vestes bem negras, cheias de revolta, perdas, dúvidas e outras coisas mais, muito próprias da nossa vida já atribulada. Suas palavras trazem as sombras, deixando o dia triste, o sol encabulado e o céu coberto de nuvens escuras...
As tempestades que se dão são turbulentas, fatídicas, com ou sem rimas, elas correm através dos tempos e bem certas da sua imortalidade. Correm os rios de tintas dispersas, palavras dóceis, quem sabe se algumas palavras felizes... Tingindo as telas da nossa vida, com muito mais encanto, trajando-se de flores como sendo as suas grandes companheiras e perfumando levemente a vida.
Assim se faz a vida de poetisa, entre as suas dúvidas ela ganha as suas asas de algodão, por vezes entre escárnios, risos malignos, e alguma gozação. Assim ela caminha entre vales tenebrosos, cheios de espinhos, com o coração dolorido, mas  sempre coberto de lindas esperanças, semeando-os,  sempre nas suas palavras de amor.  
E é este amor que me move e é este amor que me preenche do coração, move milhares de palavras positivas, gentilmente move montanhas de fé, onde eu acredito que vale a pena viver, sonhar e ser feliz, apesar dos vários espinhos indesejados, mas que na realidade eles mostram a verdadeira beleza da vida.
Enquanto existirem as palavras livres, as palavras de amor, as palavras de amizade, as palavras de esperança jamais desisto dos meus sonhos, desisto dos meus poemas, mesmo até de sonhar num mundo de ilusões na história de uma criança feliz.
Obrigado poesia, obrigado ao mundo das palavras por me receber no vosso maravilhoso mundo da escrita.
 
10 de Dezembro de 2012-12-10
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Betimartins
Enviado por Betimartins em 10/12/2012
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