MENSAGEM – Agradecimentos
 

MENSAGEM – Agradecimentos – 20.12.2011

 
            Aproxima-se o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos proporciona festa de congraçamento em toda a humanidade, sem distinção de raça, cor, credo, religião, profissão, etc. Que bom todos os dias fossem de Natal, mas infelizmente isso não funciona, em face da ganância que toma conta de muitos países, notadamente os mais ricos, que sempre buscam oprimir os mais necessitados. Se dependesse apenas do povão nada disso aconteceria.

           Não tenho boas recordações das festas natalinas, porquanto a minha infância foi dolorosa, sofrida até demais. Nem quero aqui falar em presentes, que eram objetos proibidos na nossa casa, pois o meu pai era um pobre operário, ganhando salário de miséria para sustentar oito filhos, enquanto a minha mãe se esbaldava no peso do ferro de passar roupas, daqueles de material fundido/batido, movido a carvão. Essa atividade era justamente para ajudar na mantença da família. De minha parte, pescava “siri” na Ponte do Brum, em Recife, quase diariamente; carregava frete na feira do bairro do Arruda; entregava panfletos de propagandas comerciais de casa em casa, e até cheguei a pedir esmola às escondidas, pois se meu pai disso soubesse eu estaria frito, não com essas palmadas que a lei agora está proibindo, mas com um cinturão pesado de couro... e como doíam as chicotadas...

              Nem por esses motivos eu guardo revolta dentro de mim, mas tão-somente lembranças daqueles velhos tempos; e desde aquela época que se promete dar melhores condições de vida aos pobres necessitados. Na verdade, inventaram no tempo do Fernando Henrique Cardoso a tal da “Bolsa família”, que é muito mais um instrumento de angariar votos, na verdade uma “compra” por alguns trocados, e isso vem diminuindo o sofrimento de concidadãos que mereceriam estar trabalhando; até porque viver de esmola deixa as pessoas mal acostumadas; o governo do PT recebeu esse presente e o carregará até que se canse de estar no poder.

            A minha sorte foi que meu pai era exigente até demais comigo na escola, inicialmente num grupo do governo estadual (e naquele tempo realmente se aprendia muito mais no curso primário do que hoje em dia em cursos secundários); graças a Deus e ao meu esforço fui obtendo êxito sem perder um ano sequer, até que consegui na época de rapazinho começar a trabalhar, fato que me proporcionava renda, embora pequena e ainda possibilitava a que pudesse ajudar os velhos. A verdade é que prosperei e isso é uma prova de que “pobreza não é vileza” nem se pode imputar aos paupérrimos a pecha de que são as origens da violência, do roubo e coisas tais. A falta de educação, isso sim, derruba qualquer possibilidade de uma nação crescer forte e digna como seria de se desejar.

            E hoje, quando me vejo com tanta coragem de participar de um site de escritores de todos os matizes, alguns verdadeiros mestres, chego a medir com mais justeza todo o empenho de minha família na minha formação doméstica, cultural, religiosa, enfim em todas as atividades que exerço com muito amor e carinho. Para eles, então, os primeiros agradecimentos.

            Deixando um pouco de lado esse retrospecto rápido de minha vida, e pulando outros acontecimentos que se sucederam, gostaria (e esse era o propósito dessa mensagem) de registrar a minha mais profunda gratidão aos companheiros que participam do Recanto das Letras, não só àqueles que leem e/ou comentam os meus textos, mas de um modo geral a todos, sem exceção. Não poderia citar nominalmente todos os que me prestigiaram, eis que, certamente, cometeria alguns lapsos, todavia quem tomar conhecimento desse texto saberá muito bem de que moram no meu coração, independentemente de qualquer coisa ou mesmo de alguns pequenos desentendimentos que ocorreram ao longo desses dois anos de casa, vamos dizer assim. Quem escreve com liberdade como eu faço, certamente tem de respeitar a liberdade dos que comentam, mas não no anonimato, pois disso sou inimigo número um, até porque não sou anônimo (Ansilgus representa justamente as três primeiras letras de meu nome, que está devidamente cadastrado no site). De minha parte peço perdão.

            Nos últimos dias recebi alguns comentários que achei desagradáveis, retruquei, mas depois os apaguei, porquanto oriundos de anônimos, que não merecem qualquer atenção. Mas eu sei de quem se trata, claro. Em face disso, e para evitar aborrecimentos maiores, resolvi passar um tempo exigindo que os comentaristas se identificassem (coisa que eu acho de certa forma “cafona” e não sei por que o RL permite essas participações, geralmente de pessoas não assinantes), e como não posso e nem tenho a veleidade de querer modificar as regras da instituição essa fora a solução mais viável que encontrei em curto prazo.

            Junto a esse agradecimento seguem os meus votos de um FELIZ NATAL para todos e digníssimas famílias, assim como um NOVO ANO repleto de realizações e de bonança, com a devida proteção do Cristo que, mesmo sofrendo no Gólgota, pediu ao Pai maior que perdoasse àqueles animais que o maltratavam, dizendo: “Eles não sabem o que fazem”.

            Quanto a escrever contos eróticos creio que isso não me retira a situação de homem de bem e com letra maiúscula. Entra lá quem quer e concorda com as exigências da empresa.
 
Vou ficando por aqui. Felicidade.
Ansilgus
Em revisão

FOTO: GOOGLE

ansilgus
Enviado por ansilgus em 20/12/2011
Reeditado em 25/12/2011
Código do texto: T3397930
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