Elucidações.

No torpor semeativo do que se encontra perambulando alcoolicamente pelo sangue.

Venho pelo agradecimento do que fica sub entendido, e permaneço , eloquente em minhas razões no elo de um sentimento explicito em minha testa.

Ainda há muito a percorrer.

Hoje encontrei-me com as estrelas, vistosas e o céu permutando a nossa troca de favores, em nos manter bem a distância incauculavel das dores.

Deus , que curai-me em antecedentes resquicios de covardia, ajuda-me ,pela dificuldade imensa de suportar.

Mas é preciso e não por mim.

O poeta ausente de seus pudores, acha inspirações em dores, dores em inspirações, são nos alicerces balançados pelos terremotos da vida, onde se encontra o que se perdeu pelo caminho.

Não existe saída agora, e na intensidade da vivência jamais pensou-se em renúncia, e agora és obrigado a renunciar-se porque já não depende de sí tão bem maior que há por vir.

Há saudade, e as lembranças abatem o mais forte dos leões guerreiros, encolhida como criança muitas vezes nos teus braços, hoje no vazio da cama que não sai do lugar.

Agradeço pelo bem oferecido e nunca questionado

Pelo olhar

Pelo gosto

Pelo paladar

Que nunca foi pouco, além do pouco que eu merecia merecer.

Hoje viro folha de papel rabiscado, tal como o que achei agora jogado na cama e nem sei porque.

Teus rastros, e sons , a me cobrar a valia do viver.

Mesmo que eu ainda não me lembre os porques da existência.

Na tonteira de tudo que entrou liquido

Na asneira de tudo que saiu silábico, amanheço um dia por dia, trocando para manter-se sob os próprios pés.

Saudade.

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 02/11/2011
Código do texto: T3312292
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