Selva de pedras...
O nascer do sol e o dia clareando, me vejo em um lugar antes desconhecido "Pico do Jaraguá em São Paulo" - o vento frio batia forte, o cheiro do ar era contagiante e a proximidade do Céu energizante.
Lá do alto vi e senti sensação de ver a selva de pedras como o mundo...olho para baixo e percebo a selva de pedras que nos cerca, em pensamento busco um espaço, um pequenino espaço dentre aquele amontuado de pedras, no meio de diversas habitações (prédios-casas-favelas), um pedacinho onde possa me instalar, restaurar e renascer a fenix que dentro de mim sempre existiu.
Fecho os olhos, respiro e sinto o fluir da energia de muitas pessoas, imagino diversas etnias, problemas, classes sociais e um mundo de problemas diversificados, o meu é apenas mais um...
Não adianta chorar, que a dor não passa - também não vale a pena me desiludir com o mundo, pois o mundo não se importa.
Nada é eterno, aqui o mundo gira - tudo e todos mudam, a única força e ser eterno é o pai "Jesus", o qual não muda nunca pois sua palavra já foi escrita e postergará pela eternidade, se cada um de nós seguíssemos os seus mandamentos, tudo seria mais fácil e leve.
Então o jeito é aceitar tudo o que você é, todos os seus defeitos e qualidades, seus altos e baixos e assim decretar que vale a pena viver e sobreviver a todas as tempestades, aproveitar o melhor que a vida tem a oferecer e aprender com as lições do dia a dia.
As derrotas são quase sempre unânimes e as vitórias sangrentas e raras, mas há luz no fim do túnel.
Vale a pena arriscar-se, dar a cara à tapa, ser por vezes desacreditada e sempre guerreira.
Morrer é fácil - difícil é viver , pois precisamos lidar com a vida conforme ela nos é concedida. É necessário saber as regras: a primeira: não confie em ninguém, isso é importante, pois aqueles que são confiáveis em um momento, em outro levantam sua carcaça como troféu; segunda regra: não caia e se cair, levante rápido muitos serão os que passarão por cima de seu corpo inerte e caído - não conte com aquelas almas bondosas e altruístas, provavelmente não estarão ao seu lado quando você tropeçar em uma pedra qualquer dessa selva - os olhares não serão de admiração; terceira regra: seja franco sempre ou finja sempre (não há meio termo), infelizmente este não é o mundo ideal; quarta regra: seja sensível, contudo o mundo nem sempre sorri para os sensíveis - os insensíveis infelizmente se sobressaem; quinta regra: tenha um objetivo e nunca o deixe para trás - “seja o melhor no que faz", ou "seja o melhor no que gosta de fazer", o importante é nunca deixar ninguém dizer o contrário, pois você sabe do seu valor, da sua força e do seu poder.
Vivemos demasiadamente a realidade que nos é imposta pelos ditos vencedores e suas guerras e assim esquecemos de imaginar o quão prazeroso seria ser uma borboleta, a qual se transforma no decorrer de seu desenvolvimento ou seja nasce lagarta e se transforma em um ser livre, colorido, suave, delicado e puro.
Após horas refletindo sobre a minha ou a nossa, selva de pedras, senti um alívio na alma pois percebi que temos uma realidade e podemos transforma-la em outra - tornando o seu modo de viver eo seu mundo em caminhos floridos para que nossos pés descalços e totalmente desprovidos de armaduras.
Levitando pela vida e esbanjando harmonia, conquistas, amigos e espaço.