TEMPO DE AGRADECER
Não sou escritor nem poeta, coisíssima nenhuma.
Se muito quiserem, me chamem de “escrevinhador”.
Organizei um dicionário de expressões populares / idiomáticas, catatau grande, bem volumoso, já publicado, felizmente, e posto à venda nas melhores lojas do País.
Outro, um glossário, bilíngue, igualmente volumoso, dorme na gaveta, ainda sem editor.
E boto, aqui, faz cerca de dois anos e pouco, no Recanto das Letras, a cujos responsáveis agradeço fervorosamente por me tolerarem uns t e x t í c u l o s marruás – poemas, crônicas, contos / causos, etc.
Hoje, aos 23/fev., 2011, completo a gratificante colheita, bem redonda, da leitura de 40.000 amigas e amigos, todos de excelsa qualidade, no concernente à arte e técnica da escrita, os quais me têm prestigiado com seus comentários, a grande maioria com aceitação, embora haja as honrosas exceções menos favoráveis.
Como diz o Guimarães Rosa, “pão ou pães é (u m a) questão de opiniães”.
Existem os companheiros que se queixam de que são pouco lidos. Como minhas garatujas não têm méritos nem pretensões literárias, eu me não posso nem devo me queixar.
Há excelentes escritores, aqui, no RL, que, apenas com um terço dos meus rabiscos, possuem quatro ou cinco vezes mais leitores que eu.
De reconhecimentos é possuidor quem por eles puxa e a eles faz jus. Se meus números são ínfimos, a qualidade da crítica é astronomicamente superior.
Estou – como dizem os espanhóis – ‘la mar de agradecido’ com as cifras que ora estão, aí, no meu placar: 40.000 leitores.
Nunca imaginei pudesse tê-los em tal altitude e longitude. Ao distinto e generoso leitorado, meus sinceros agradecimentos.
Quisera que apenas 10% deles levassem em conta a importância, sobretudo para os escribas, de modo geral, do DICIONÁRIO DE EXPRESSÕES POPULARES DA LÍNGUA PORTUGUESA, que, em quase dez anos de queimação de pestanas, organizei e gentilmente foi posto a lume pela WMF Martins Fontes Editora, de São Paulo.
Um abraço genérico, em todos, e meu afetuoso MUITO OBRIGADO!
Fort., 23/02/2011.