QUANDO EU MORRER
Quando eu morrer, quero continuar sendo aquilo que jamais pensei ser, portanto, quero a minha campa, sem pompa, de terra batida e bem esquecida, talvez florida pelas flores da minha vida, as lembranças de todos vocês. Lembranças alegres, pelo que fui e pelo que não pude ser. Não quero cruz, quero ficar natural como uma planta qualquer nascida em qualquer quintal. Desnudo se for possível, e despojado de todo o enfado, mas decantado por belo fado, pois, fiz de tudo. Fui mais um humano que fiz meus planos, e agora sob a terra plana a descansar em paz, muita paz, se não me engano, pois, fiz bem, fiz mal, tal qual um ser mortal. Sem hipocrisia, quero alegria, muita alegria ao tornar-me um imortal...
Boa eternidade a todos.