Coração Liberto!
Te confesso que já pensei umas trocentas vezes em tomar algumas medidas drásticas, como essa, mas não tive coragem, a princípio, e mais tarde dava preguiça, nem me ligava, deixava assim. Que bom que você teve tal “coragem”! Que bom mesmo! Imagino que tenha te chateado, embora não tenha nenhuma razão cabível para isso... não, pra mim não tem, e sinto muito, porque você não vai me convencer que tem!
Sei que talvez tenha tomado tal atitude por não querer ver alguém infeliz com tua felicidade – se é que era eu o problema – ou por ter posto na cabeça que todas as atitudes pouco amistosas dos últimos tempos foram minhas para contigo, e não o contrário! Quer saber, pouco importa! Seja como uma afronta, ou como uma medida desesperada, ou como um rompimento, não importa qual a razão, na verdade você não rompeu nada, na verdade me libertou!
Claro que fiquei chateado, de prima, mas a chateação não durou mais que uns segundos! Vixe, pensei em escrever uma mensagem bem desaforada – e temo que você ache esta desaforada, embora não seja – dizendo tudo o que estava engasgado nos últimos meses, toda minha mágoa, todo meu desapontamento, minhas desilusões, minha descrença, quanto a você, quanto a teus sentimentos, tuas intenções, quanto a você e esse sósia do Marcelo Adnet... mas aí... sério, comecei a me sentir mais leve, mesmo quando procurei teu perfil no site, e vi que não tinha excluído ele, que tinha me excluído mesmo... pensei em toda sorte de bobagem, em quebrar tudo, chutar o balde, dizer tudo o que senti até agora... até agora!
Agora sim você foi minha amigona, como não estava sendo nos últimos meses! É sério, não estou ironizando nem um pouco! Estou te sendo sincero, no ato de me excluir, não sei se sentiu-se como eu, se sim, isso é muito bom, de verdade! Se eu soubesse, já tinha feito antes, agora não consigo nem entender que medo idiota era esse que tive... talvez seja euforia passageira, e provavelmente será, de qualquer forma, ou melhor de uma forma estranha, senti uma liberdade, senti como se todo tempo que perdi correndo atrás de você jamais tivesse existido, senti uma alegria que até te pediria pra compartilhar, pela primeira vez, e sinceramente, desejei toda felicidade do mundo a você, aos dois pombinhos...
Sinto que talvez deva me desculpar por algumas atitudes, desde que as desculpas sejam mútuas, logicamente... sinto, principalmente, que devo te dizer muito obrigado! Agradeço de coração que tenha me libertado! Sinto que não estava vivendo minha vida, mas como diz Morrisey numa música, há coisas bem piores do que não ser o queridinho de alguém, te agradeço e te agradecerei, mesmo que nunca mais nos falemos! Paradoxalmente, a tua atitude de excluir-me – não sei se também do MSN, se sim, tanto melhor – não me fez mais infeliz, e sim me deu um novo ânimo! Agora sinto que sempre tive razão em gostar de você! Ou achou que deixei de gostar, nos últimos tempos? Pelo contrário, eu questiono coisas só nas pessoas de quem gosto, nas cidades e lugares de que gosto, das que não gosto, não tô nem aí se melhoram ou pioram!
Enfim, sem nenhuma ironia, nem segundas intenções, sinto estar te amando de verdade, pois sinto-me livre! Sinto que posso amar de novo, não estou preso a minhas próprias suscetibilidades e rancores em relação a ti! Você me libertou, e te agradeço sinceramente, do fundo do coração! Seja feliz, pois você merece, e fique na paz do Pai! Muito obrigado! E desculpe as bolas fora – não pude resistir, essa foi na maldade! Obrigado, te sou eternamente grato!