Seiscentas vezes derramei um pouco da minha alma aqui
Deixei pedaços do meu coração: chorei, sorri
Tantos ganhei e quantos perdi!
Plantei um pouco de mim neste Recanto, canteiro
Me espalhei por inteiro, sem medo, sem rodeios
sem culpas ou receios
Seiscentas sementes cultivei neste solo
Quantas vezes ganhei colo...
Outras a separação... fui feliz e sofri decepção...
Aqui me debrucei e solucei. entre o problema e a solução
No calor do abraço e no frio da solidão...
Não me defino poeta, nem tampouco escritor
Sou um ser comum, gerado num ato de amor
Sou um espelho difuso, por vezes confuso
Seiscentas vezes menti dizendo a verdade
Iludi a dor para ganhar a felicidade...
Voei, naveguei, andei... sentado ao teclado
Golpeando as letras numa tentativa
De me manter lúcido e acordado
E não deixar perecer minh'alma cativa
Amei a todos, sem medo e sem vergonha
Como o poeta que sonha... criar a paz em palavras
Que se materializam nas vidas escravas
Que nascem esperando a triste morte
No entanto, nada fazem para mudar a sorte
Em seiscentas sentenças, fui testemunha e promotor
Fui o juiz e também era o réu...
Seiscentas viagens fiz ao céu e sempre voltei mais forte
Fui viajante sem destino de sul a norte
Plantei seiscentas sementes de sonhos e colhi gente de verdade
Por isso, hoje quero agradecer tanto carinho e amizade
Mas, também preciso pedir perdão
Se entre meus devaneios maltratei um coração
Juro, meus amigos, não era essa a intenção
Agradeço ao Criador por ter me dado essa chance
De partilhar aqui, tanto sentimento, por tantos dias
Beijos e abraços com muito afeto e poesia
Edilson Oliveira, ou simplesmente Edil Franci...
Foi aqui que descobri que não sou vazio...
Para concluir a assinatura sou de SP - BRasil
Agradeço o carinho de todos os que passaram por esta simples escrivaninha e dispensaram um pouco do seu tempo, lendo minhas verdades e ficções, difícil distinguir umas das outras....
Beijos e abraços com afeto e poesia
Edil Franci - SP - BRasil
Fim...