Eu nem te odeio mais
Eu tenho tantas coisas para fazer, e no entanto, não consigo pensar em absolutamente nada. Expectativas acabam com qualquer esperança, esperar por atitudes, gestos, recados, telefonemas ou que seja um simples olhar, frustram a vida. O tempo desperdiçado com as bobagens do coração poderia ser utilizado e engajado em assuntos mais relevantes. Acontece que quando a gente tá assim, iludidinho, o cerébro não funciona direito, tem um texto que escrevi que relata a seguinte descoberta: "não amamos as pessoas com o coração e sim com a cabeça", explicando... todos esses milênios de vivência e experiência dos seres humanos só serviram para comprovar que não existe orgão mais estúpido do que o coração, desde os primórdios ele têm sido a causa de guerras, mortes e das mais tenebrosas intrigas, isso porque o coração não raciocina, e por vezes se envolve com o outro que é estritamente proibido, sei que sua essência é baseada no livre arbítrio e na indiscriminação, entretanto, se deixar levar por ele (coração) pode na maioria das vezes levar-nos ao grau máximo de sofrimento. Agora, quando se aprende a amar com a cabeça tudo fica mais claro, mais palpável e realista, ou seja, o coração é o emocional e a cabeça é o real, sem floreios. Continuando, no momento em que nos permitimos amar com a cabeça alcançamos o patamar de inatingibilidade, uma vez que, mentalmente já foram medidos os riscos e as vantangens em se deixar levar por mais uma paixãozinha, então se não der certo porque a pessoa tem outro(a), ou ainda por razões de incompatibilidade, bem como se a pessoa for um(a) canalha e te deixar sem explicações, fica mais fácil de esquecer, deleta-se da memória e pronto, nada de choro, nem de deprê. O alicerce da tese de amar com a cabeça baseia-se no fato de que, só podemos sofrer ou sentir alegria por aquilo que lembramos e infelizmente o coração não registra faces, abraços, perfumes, beijos e toques. O cerébro, esse sim guarda cada detalhe sórdido das nossas relações, muito embora o coração sinta cada novo rumo das mesmas, é na cabeça que vemos as cenas uma, duas, três...um milhão de vezes. Mas, esse texto não é exatamente sobre o amor, ele é o brinde que faço entre meu cerébro e meu coração, que pela primeira vez em 5 anos deixa de pensar e sentir uma certa pessoa, sendo assim, tudo que disse aqui é relativo ao desamor. Deixo cinco anos de alegrias, e principalmente de sofrimentos e tristezas da minha vida para trás, que me impediam de tomar decisões de seguir adiante. Não posso te odiar de novo, afinal, foi você que assinou minha carta de alforria. Obrigada, eu acho...