Obrigada aos Voluntários em Santa Catarina
OI amigos e amigas do recanto sei que outras coisas já deve ter entrado no noticiário do Brasil, quero pedir para que não esqueçam a tragédia que aconteceu no meu estado de Santa Catarina que vai levar muito tempo ainda para recuperar tudo, estou longe do meu país e fico procurando notícias na internet achei esse site http://vcreportersc.blog.terra.com.br/tag/voluntarios/ e fiquei preocupada porque tem muita gente pensando que o estado não precisa mais de ajuda, copiei aqui a notícia e as explicações de quem mora lá e sabe que precisa muito de ajuda, principalmente de voluntários para separar e entregar as coisas, sei que tem muita gente de coração bom fiquei emocionada quando falei hoje com nosso amigo Lobo que é de Curitiba e passou mais um fim de semana de voluntário em Santa Catarina com a filha dele queria aproveitar para agradecer a ele e todo mundo que está ajudando a gente precisamos de gente assim continuem ajudando que Deus lhe paguem. Beijão
Thiago
Hoje os veículos de imprensa de Curitiba estão noticiando que devemos parar com as doações, pois não há mais onde colocar tanta coisa. Isso é verdade? Para nós a notícia soa meio contraditória e praticamente todos na cidade estão muito emprenhados em ajudar SC. Devemos parar?
maria kurosky
So queria avisr as pessoas q estão em dúvidas, a Defesa Civil pra esperar um pouco as doações pq estão sem espaço físico para alojar as doações, mas já estão preparando um outro lugar. Nada de ficar pensando coisas erradas. Ninguém sabia o qto o povo brasileiro e bom e se comoveu com esta tragédia. Em tempo, não sou de SantaCatarina..somente li uma reportagem sobre isto.Qquer dúvda acessem este site:
http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3370689-EI8139,00-SC+lotacao+suspende+recebimento+de+doacoes.html
Abçs
Elisabeth
Um dia como voluntária
Começamos a trabalhar na entrega de alimentos na sexta-feira, dia 29, em Itajaí. O envio de roupas, cestas básicas, água, material de limpeza e outros produtos começaram a chegar na quarta. Várias cidades do País mandaram caminhões de produtos e isto precisava ser triado, organizado e distribuído. Vários colegas da empresa se juntaram e formaram um mutirão de ajuda.
Nossa entrega começou nos bairros perto da empresa onde trabalhamos, e depois nos estendemos aos demais bairros mais atingidos. Algumas igrejas têm muita quantidade de roupas, mas isso é o que menos se precisa, pois com algumas peças se resolve o problema; mas comida, água e alimentos prontos acabam, pois precisam ser consumidos.
Muitas pessoas que não foram atingidas acabam se infiltrando nas filas para buscar os produtos, porém, é necessário continuar ajudando, pois não se sabe quem fala a verdade e quem não fala. O cheiro na cidade é terrível, e alguns já nem sentem mais, pois estão acostumados. Colchões, alimentos e água são os itens mais urgentes.
Porém, material de limpeza é necessário, pois o risco de leptospirose é grande. Daqui para frente, muitas pessoas procurarão o hospital, com sintomas de leptospirose e remédios serão necessários para conter essa doença.
Não se têm previsão de quando isso vai acabar. Algumas pessoas já conseguem voltar ao dia-a-dia “normal”, porém outras perderam tudo e continuam tentando recuperar o mínimo da dignidade perdida com essa catástrofe.
Valéria Pires/ Joinville-SC
Anjos da solidariedade
Na tarde de domingo estive no Centro de Eventos de Itajaí para levar doações e também para prestar o trabalho voluntário. São muitos os donativos que chegam, de vários Estados do Brasil. Os voluntários estão fazendo um belíssimo trabalho, chega a ser emocionante o empenho das pessoas em ajudar o próximo.
A partir de desta segunda começa a operar o hospital de campanha, localizado às margens da BR-101. Na tarde deste domingo fui, juntamente com um caminhão do Exército, acompanhar a distribuição das cestas básicas em um dos locais atingidos pelas cheias, o bairro Murta em Itajaí.
No caminho, o oficial do Exército explicou que o plano de ação utilizado por eles é o mesmo que seria empregado em uma situação de guerra. Ele confidenciou que dos 75 mil desabrigados, apenas 25mil já receberam auxilio com cestas básicas, água potável e produtos de higiene. Nas ruas, muita lama e restos do que sobrou do mobiliário das casas, nas paredes estava impresso a marca que indicava a altura da inundação, geralmente acima das portas.
Aos chegarmos ao bairro Murta fomos muito bem recepcionados pelos desabrigados, muitas crianças por sinal. Eles enxergam os voluntários como salvadores, alguém que traz um pingo de esperança neste momento tão triste para todos. Após a distribuição das cestas básicas voltamos para o centro de eventos e iniciamos o trabalho de carregar um caminhão com água potável, foram formadas duas filas, uma em frente à outra, e desta forma jogávamos os galões de água uns para os outros.
Existe muita coisa a ser feita, muitas pessoas passam fome ainda, pois as vítimas ultrapassam, e muito, o número de voluntários. A tragédia deixou marcas que nunca serão apagadas, famílias inteiras dizimadas pela fúria das águas. Agora só nos resta prestar solidariedade às vítimas desta terrível enchente.
Ricardo Zanon/ Balneário Camboriú- SC