Quando a consciência dói
Para: Marinaide Queiroz
Dizer a verdade, dar testemunho de honestidade e agir com sensatez nunca é demais, mas exige um exercício permanente, pois são muitas as armadilhas que a vida nos apronta. Nossa sorte é a possibilidade permanente de rever atitudes, redimensionar ações, reconhecer erros e recomeçar.
No caminho nem sempre percebemos quando precisamos rever conceitos e atitudes, mas se nos dispomos a viver com sabedoria, estaremos sempre atentos aos acontecimentos que sempre nos trazem grandes lições.
Hoje foi um dia de grande aprendizado, intimidei meu ego e escutei a verdade. Sou muito grata, pois não é sempre que encontramos pessoas que nos fazem sentar a beira do caminho e perceber que é hora de pensar sobre nossas atitudes.
No mundo dos “inacabados” seres que buscam sabedoria não cabe desonestidade, muitas vezes fazemos isso de forma tão sutil que enganamos até a nós mesmos. Como posso “cuspir no prato que como” e achar isso natural? O confronto de valores, a angústia de não ter coragem de romper com o que agride princípios e crenças construídas interiormente e a consciência amarga de que quem faz parte compartilha, não me dá o direito de ser desonesta.
Não é honesto ser omisso quando não temos coragem de romper, de ser verdadeiro, de colocar nossa opção de vida acima de determinados privilégios e status social que o poder aquisitivo nos proporciona.
Tomando consciência do dever de ser verdadeira e honesta comigo e com todos e todas que compartilho vida e trabalho cotidianamente, preciso ser pelo menos sensata. Não é sensato encontrar um jeito de não representar o que ainda permito fazer parte da minha vida.
Obrigada amiga pela grande lição!!! Qualquer decisão que eu tome nesse momento, acredite, é necessária.
Grande abraço, Gorete
Maceió, 04/08/08 (20h36’)