AOS AMIGOS DO RECANTO 


É com profunda emoção que venho até aqui para agradecer e despedir-me de todos que tão gentilmente me acolheram. Fiz amigos que me deram apoio para que eu pudesse criar, se é que pode dizer assim, textos, onde tão inocentemente deixei minha alma brincar de fazer poesia. No entanto, hoje eu senti que escrever poesias é algo sublime demais para ser feito assim. Fazer poesias para mim, é deixar um pedaço do meu próprio corpo, da minha própria carne ser devorada pelas letras e hoje, eu entendi que esse processo dói demais e me relega a uma condição de total desproteção. Fiquei vulnerável, acreditei nas palavras, nas entrelinhas, nas reticências. Adoeci! Tenho agir como aninal ferido, esconder-me e cuidar de minhas chagas. Entrar numa câmara e levitar diante da Luz e purificar meu corpo curando a  alma para então poder novamente me sentir digna da poesia. Não sei quanto tempo devo permanecer em silêncio diante de mim mesma. Mas no momento sinto que este é o lugar para onde devo me recolher, a Câmara de Silêncio que se abre diante de mim. Mais uma vez agradeço a todos, desejando muita paz e luz em seus corações. 

Beijos, Luciah López
Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 24/06/2008
Reeditado em 14/08/2009
Código do texto: T1048517
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.