A passagem " E se tivéssemos apenas mais um dia?"
É com essa pergunta que inicio minhas reflexões,pergunta que venho me fazendo ultimamente, estado de profunda reflexão a qual me remeti diante da tristeza sofrida por centenas de pessoas que sentiram a perda de seus entes queridos, sem ter “tempo” de dizer adeus.
Tudo isto, nos remete impreterivelmente a um estado de reflexão profunda acerca dos dois anjos que seguram nossas mãos: Vida & Morte, verdadeira gangorra na qual jamais sabe-se a hora em que somos convidados a nos retirar do grande palco da vida!
É preciso compreender que a vida caracteriza-se como uma bela peça de teatro, e que cada um é autor de sua própria história, infelizmente nos esquecemos que como toda história, a nossa também terá um Fim.
Mas essa viagem não é como em uma viagem em que temos tempo de preparar nossas malas, levar nossas melhores roupas, escolher o perfume preferido, a foto do amado (a) no bolso, de se despedir dos nossos com um até logo, aqui, tudo e rápido demais...
Sei que parece triste, mas precisamos pensar que temos um tempo, a intenção deste texto é convidar a refletir sobre esse “tempo”, a maneira como aproveitamos o maior veiculo de crescimento nos dado na Terra. Como queremos estar quando tivermos que partir?, nos despedir?.
Abraços que deixamos de dar, sorrisos contidos pelo orgulho de simplesmente dizer Eu te amo, eu te perdôo.
Estamos aprendendo a economizar amor, carinho, compaixão, façamos de nossa vida uma viagem linda, abandonemos definitivamente o lastro dos medos infundados, vamos erradicar as omissões deficitárias que nos impedem de viver por inteiro!
Jamais saberemos à hora exata de partir, de dizer adeus, não sabemos se é hoje, amanhã, por isso, não vamos desperdiçar nenhuma oportunidade de demonstrar as pessoas que amamos o quanto elas são importantes para nós.
Viver a vida de tal sorte que possamos carimbar nosso passaporte de volta para a casa com a sensação do dever cumprido.
A máxima desta reflexão é a de que seremos eternizados pelo bem que fizemos, somente pelo bem, o inverso também é verdadeiro, o sofrimento moral por tudo de bom que deixamos de fazer, talvez seja essa a maior dor sentida na hora do inevitável regresso.
No arcabouço das emoções, criou-se a metáfora, a certeza de que somos peregrinos, viajantes, algumas vezes andarilhos, escrevendo nossa história na Terra.
Acabamos herdando uma estática psíquica de viver o futuro, ou estamos presos nas incertezas do futuro, ou estamos lamentando o passado, ou seja, estamos vivendo tempo nenhum.
Aprender viver o presente significa comprometer-se com a beleza, a aventura, os desafios que existem somente no agora, no hoje. Vamos abandonar essa fuga emocional de viver num tempo que não existe e vamos viver por inteiro o único espaço de manifestação que dispomos- O AGORA-, pois somente neste tempo que conseguiremos cumprir nossa programação existencial satisfatoriamente.
Concluindo o pensamento, convido a todos a reorganizar sua bagagem, jogar fora tudo aquilo que nos impede de crescer, construir um Lugar Seguro em nossa consciência, cujo caminho é o Amor.