Vamos tingir o negro com as cores da liberdade!
Não quero mais olhar a vida encarcerada
Quebrem as algemas
Que me prendem os pés e as mãos
Vamos arar a terra
Que ainda sangra dolente
Ainda que eu seja a semente
Lançada ao chão
Nos precisamos ressuscitar
nossas vontades
Tingir o negro com as cores
Da liberdade
Vamos colar todos os sorrisos e abraços
Em cada espaço que houver
Para podermos nos alimentar
De bondade
E quantas sementes jogadas ao chão
Que fecundadas se tornaram canção
Entre outras tantas que irão brotar
E se farão poemas a se rescitar