QUAL A VERDADE ?
Estou no limiar da resistência
A dor é insuportável
Tenho consciência que pode ser bendita
Mas, não consigo me resignar.
Estou perdido, não sei me achar.
Preciso gritar, Aiiiiiiiiii!
De repente tudo é uma grande ilusão motivada pelo estado de anima. (movimentos causados pela alma).
* Quando os atabaques tocam, a minha alma estremece, saio dançando cheio de trejeitos; faço rapapé, imito um guerreiro com espada e lança; uma bela moça com toda a sua doçura e delicadeza; uma velha senhora corcunda, ou um velho de bengala. Estou praticando o neuroanimismo (exteriorização da própria personalidade, personificando a “entidade” imaginada).
* Quando na vitrola o Roberto Carlos diz: "amada amante" e eu flutuo como um verdadeiro dançarino, conduzindo a minha dama às alturas do céu, estou exercitando o mesmo mecanismo neuroanímico.
* Quando me deparo com um grande pregador, um mestre da retórica, pode ser ele um Papa, um Bispo, um Pastor, um Pai de santo, um jurista ou um excelente vendedor, me fascino. Baixo a minha “guarda”, os portais se escancaram e a minha alma é dominada. Em tempos remotos o mesmo acontecia com Moisés, Jesus de Nazaré, Ghandi, Salomão, Sócrates, e tantos outros que detinham o poder de quebrar a resistência psicológica do indivíduo, acionando o mecanismo neuroanímico e assim formavam multidões de seguidores.
Já sabemos a importância das vibrações ou sons na formação do universo. Certos sons produzem diferentes conjuntos de vibrações no éter.
Se nós fecharmos nossos olhos e tentarmos concentrar-nos ao nosso redor, o que sentimos? Todo tipo de poluição sonora. Dirigimos-nos a um local ermo, tranqüilo. Suponhamos no mato, lá também nós ouvimos o canto dos passarinhos, das cascatas, a dança das folhas das árvores ao ritmo do vento, etc. Parece quase impossível escapar do som externo.
Mas, fechando-nos num quarto a prova de som, e continuando a nossa experiência, depois de certa concentração, poderemos ouvir gradualmente a nossa respiração, o som do sangue fluindo nas veias, nas artérias, e o som do sistema nervoso.
O termo animismo foi usado pelo antropólogo inglês Sir Edward B. Tylor, em 1871. Com este termo, ele designou a manifestação religiosa na qual se atribui a todos os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas), da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), todos os seres vivos (animais, árvores, plantas) e os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite) uns princípios vitais e pessoais, chamados de “ânima”, que na visão cosmocêntrica significa energia, na antropocêntrica significa espírito e na teocêntrica alma.
Conseqüentemente, todos esses elementos são passíveis de possuírem: sentimentos, emoções, vontades ou desejos, e até mesmo inteligência. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas são Vivas", "Todas as coisas são Conscientes", ou "Todas as coisas têm ânima".
Porém é bom saber que não existe uma dicotomia entre fenômeno anímico e fenômeno mediúnico. Na grande maioria das vezes o que ocorre é um estado intermediário com maior ou menor participação do Espírito encarnado no médium em relação ao Espírito desencarnado que por ele se expressa. Mesmo assim, também me pergunto o que seria esta criatura?! Sentenças não são necessariamente afirmações.
Desse modo, na manifestação anímica, o médium pode expressar muitos conhecimentos que ele, enquanto personalidade, não possui. Daí decorre, muitas vezes, que não há como se saber se uma manifestação é anímica ou realmente mediúnica, ocorrendo esta última tão somente quando o Espírito que se comunica não é o que está encarnado no médium.
Na verdade, um grande número de filhos de fé só tem uma visão folclórica dos ritos, e agora procuram fazer igual, imitando. Na verdade nem sequer sabem bem como se processarão suas sessões, bem como os casos e coisas que por lá ocorrerão. Existem filhos de fé que nem médiuns são? São apenas auto-sugestionados ou acometidos de um profundo neuroanimismo. Assim, estou chegando à conclusão que o "passe" é uma técnica psicológica e que o passista nada mais é que um ator, um psicólogo, e o consulente um doente, um necessitado, um fragilizado emocionalmente.
O homem possui potencialidades e capacidades desconhecidas - e sobre isso não há dúvida. Porém, não podemos dizer que a mente é o último estágio humano.
Aprendemos no cristianismo que o homem é dotado de corpo e alma. Outras religiões ensinam que o homem é formado de corpo, alma e espírito.
A alma e o espírito não vivem nos planos moleculares. A alma e o espírito vivem nos planos eletrônicos. Os planos moleculares são regiões de inconsciência. Os planos eletrônicos são regiões de consciência pura. Sentimentos puros e verdadeiros são atributos do legítimo corpo astral.
Se a verdade do mito segue a alguma lógica, esta é a do Inconsciente. É mais uma intuição compreensiva da realidade da qual não se necessita provas para ser aceita. Pois ela, em si, nos remete à realidade interna nos dando uma vaga noção de significado. Como nos sonhos, quando percebemos que existe algo de importante ali. E isso também era tudo que Jung pedia ao tratarmos com esta estranha realidade do inconsciente. Manter as nossas mentes abertas para que possamos captar um mínimo dessa linguagem tão peculiar. O mito não é uma lenda. O mito não é uma mentira. Ele nos conta de nossa realidade interna, portanto ele é verdadeiro para quem o vive. Mas normalmente tudo isso não tem nenhum compromisso com a realidade.
Há, neste mundo mistificador da edição popular, informações e soluções que nos são passadas, permanecendo porém algo de fundamental: a preservação de conhecimentos que não se perderam e que se apresentam ou reapresentam contendo fabulações e delírios inventivos.
Como as lendas que são estórias sobrenaturais, como a mula sem cabeça e o saci pererê. Os mitos ou a criação destes estão presentes em todas as culturas, em todos os tempos desde o início da humanidade como um mecanismo de sobrevivência do homem em sua tentativa para explicar o mundo através de sua realidade interna.
Como vocês sabem a projeção não é um método intencional. Ela acontece, ela nunca é produzida. E na ocorrência dessas projeções, observamos todo um empenho que se resume na busca de significado, no encontro com a sombra...
Tudo é conversa mole (sic...).
Umbral, céu, inferno?...
Só tem um jeito...
Vou até ali e se estiver enganado volto para falar, se não voltar ...